E os treinadores continuam caindo.
Não tem jeito, vivemos no futebol exclusivamente de RESULTADOS. Ganhou o cara é gênio, não ganhou o cara é defenestrado imediatamente.
Todos chegam falando em "projeto" e assinando vultosos contratos pois os dirigentes seguem agindo sem nenhuma responsabilidade fiscal, estipulam multas altíssimas - e já de olho nelas, evidentemente - e assim vamos seguindo na rotina pobre da bola.
As torcidas organizadas(?) seguem agindo oportunisticamente e agendando reuniões(?) com jogadores e treinadores de seus clubes, na maioria das vezes no sentido político e menos na paixão pelo time, e nada muda.
O futebol ainda sobrevive graças à sua essência, que é fascinante, mas com pouquíssimos casos de agremiações trabalhando com organização, equilibrio, serenidade e pés no chão.
Os discursos de modo geral são sempre os mesmos, pouco criativos, e muito convenientes com o que ocorre à volta.
Ainda temos aquela coisa de "futebol é diferente, é um caso à parte" e que pode fugir ao bom senso e aos bons costumes sociais. Errado. Futebol, em sendo profissional, precisa ter normas compatíveis com a sua responsabilidade social e empresarial. Não há mais lugar para amadores dirigindo os clubes e nessa tecla muitos vem batendo faz tempo.
Assim como a criminalidade e a corrupção no País, fatos tão comuns e corriqueiros, também no futebol corremos o risco de banalizar tudo isso. Dar de ombros como se fossem normais tais ocorrências.
E os que se manifestam, se rebelam, muitas vezes recebem críticas e ameaças, tamanha a força que o MAL tem em quase todas as áreas. Está muito complicado, Brasil.
Conheço treinador de futebol que até hoje, passados vários anos, ainda recebe pagamentos referentes à multa rescisória - o que lhe é de direito, obviamente - enquanto o clube envolvido está mergulhado totalmente nas dívidas. E os dirigentes que agiram irresponsavelmente, alguns já morreram e outros já estão em outras atividades.
Ninguém é responsável por nada, a não ser a associação clubística, é claro, que ficou com o grande abacaxi nas mãos.
Uma pena, pois esse esporte é apaixonante, envolvente, tem raizes fortes em nossa cultura, e não merece tudo o que está acontecendo ( e já faz tempo ).
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