Já contei esse acontecimento mas foi tão marcante que volto a escreve-lo.
Chegamos a Tandil, interior da Argentina, 1996, pré-olímpico de futebol
Na nossa equipe da Band estava o tricampeão do mundo, Tostão.
Tandil, cidade pequena, poucos hotéis, e no que estava destinado à nossa equipe mal cabíamos dentro dos quartos. Ou entrava a gente ou as malas.
Vexatório, portanto, principalmente pelo fato de termos um campeão do mundo junto.
Reviramos a cidade e o único com disponibilidade também era modesto, pequeno, mas ao menos com quartos um pouco maiores. Lá fomos nós, então, um pouco mais para o centro da cidade.
Nosso hotel, porém, tinha um inconveniente: os pernilongos. Parecia que o "ninho" dos ditos cujos se concentrava no local. Nunca vi tantos.
Na hora de dormir primeiro havia a batalha de exterminação dos danados ( ou uma tentativa de acabar com eles ). Na recepção haviam acabado os recursos para combate-los, evidentemente, porque todos os hóspedes queriam os repelentes inseticidas e etc.
Então não nos restava outra opção a não ser abate-los com nossos pertences. Os sapatos e chinelos eram as armas mais eficientes. Eu e Tostão dividíamos o quarto e chegamos à conclusão que nem em Minas Gerais e nem em Americana, nossas cidades, havia tantos pernilongos. Nunca tínhamos visto tal cenário.
Não é preciso dizer que durante 15 dias aproximadamente as paredes do quarto estavam todas marcadas pelos nossos pisantes. E nem precisa dizer que na hora do checkout o gerente quis cobrar a pintura das paredes.
Travamos um severo diálogo com a gerência e evitamos a cobrança, evidentemente.
Um colega da equipe até brincou com o cidadão dizendo que ele jamais deveria mandar pintar aquela parede, pois alí estavam as "sapatadas marcantes" de um tricampeão do mundo: TOSTÃO.
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