quarta-feira, 3 de março de 2021

NAS DERROTAS TODOS ERRAM.

 Algumas pessoas me cobram escrever mais sobre futebol, visto que aqui neste espaço tenho mais abordado a pandemia e a vida.

Sou do esporte, trabalho nisso há décadas, mas sempre peço desculpas aos que me cobram e digo que não dá para priorizar o esporte nessa hora de pânico e desespero da população.

No caso do futebol é claro que entendo ainda ser um lenitivo para o sofrimento diário nesses tempos agudos do vírus.     Mas se rígidos fossemos também chegaríamos à conclusão que até o futebol deveria estar parado, em que pese a sua atividade profissional e tantos empregos que abriga.

Os riscos são tantos, os números da pandemia são tão assustadores, que toda atividade em grupo é perigosa e temerária à saúde de todos.

Livros, filmes, novelas, esporte, estudos, algum entretenimento, tudo é necessário nessas horas para que não mergulhemos no mar profundo da depressão.    Claro que sim.     É o tempero da vida.   

Mas voltando ao tema confesso não ter clima para escrever sobre futebol diante do quadro aterrorizante que temos em todo o País.     E isso não é invenção da mídia, dos médicos, cientistas e etc.     São FATOS.  São hospitais superlotados.   São famílias desesperadas com entes nos corredores precisando de quartos e UTIs.   Equipes médicas e de atendimento são compostas de seres humanos e o esgotamento é uma constatação perigosa e triste.      

Independentemente de ideologias, perguntem aos médicos e para o pessoal da linha de frente nos hospitais se o vírus e seus efeitos são uma invenção e se estão sendo superdimensionados.   

Não temos remédios, as vacinas são uma esperança mas seus efeitos dependem de imunização maciça - coisa que ainda estamos longe aqui no País.    A coisa é muito séria, amigos e amigas.    

Por outro lado, fé e esperança andam juntas e essas "armas" não podem ser desprezadas e abolidas por ninguém, NUNCA.   

E se o vírus está ganhando é porque nós, os perdedores do momento, estamos errando.   Ficamos terceirizando a culpa e não admitimos que TODOS temos uma parcela errática nisso tudo.   Basta ter um olhar crítico para o nosso próprio umbigo e concluiremos.     

Nas derrotas não há exceções de culpabilidade.    Uns erram mais, outros erram menos.    Mas todos erram.

Quanto mais injetarmos ódio e revanchismo no "assunto pandemia" mais alimentaremos o vírus.   E é também para isso que não estamos atentando.    

Aos responsáveis e cientes do momento que estamos passando ficam os nossos respeitos e o agradecimento por tudo o que tem feito para o enfrentamento.

Mas me desculpem quem ainda me cobra "falar mais de futebol".          Não está dando.





Nenhum comentário:

Postar um comentário