sábado, 30 de janeiro de 2021

ESSA LIBERTADORES JÁ TEM DONO.

Com essa decisão entre brasileiros na Libertadores, Santos x Palmeiras, volto no tempo e tenho lembranças dos anos 60 e 70 quando só era possível acompanhar através do rádio as finais dessa competição.

Aquele som telefônico das transmissões nos fazia viajar na imaginação e emocionava.

Nossos comunicadores da época, brilhantes, faziam um trabalho bem direcionado aos clubes brasileiros e reclamavam muito das arbitragens, o que nos deixava raivosos e querendo "matar" os árbitros.

Havia exageros, sim, mas era um tempo onde os bastidores do futebol sul-americano tinham um "trânsito" alucinante  em manobras e boa dose de desonestidade.

Mas no início dos anos 60 o time do Santos era tão extraordinário que nenhuma interferência dos árbitros impedia o espetáculo e a objetividade de Pelé e cia.

O Palmeiras naqueles tempos bateu na trave várias vezes e quase chegou ao título, só vindo a ser campeão muito tempo depois, em 1999.

Time santista era tão "Brasil" que a decisão do Mundial contra o Milan foi jogada no Maracanã e não em São Paulo.   Os cariocas pediam Pelé no então "Maior do Mundo", o Maraca.

E agora em pleno 2021 santistas e palmeirenses se encontram no Rio de Janeiro e no "novo" estádio Mário Filho.

Decisão é prato cheio para os palpiteiros.   Futebol sem os palpites não é futebol. 

Bolões proliferam nesses dias.     Discussões dos "técnicos brasileiros" - quer dizer, todos nós - se avolumam.   A sorte do jogo está lançada.    Sim, jogo, é isso esse esporte.    Há trabalho, preparação, ciência, inteligência tática, profissionalismo, talentos, tudo isso, mas é sempre bom lembrar que o futebol é UM JOGO.

Aquilo que chamamos de o Imponderável FC vez em quando está presente.    Uma falha, um mau momento, um gol contra, o oportunismo,  destempero emocional, aquela bola na trave que podia ter entrado, enfim tudo pode desmoronar um imenso trabalho de estruturação.    É do jogo.

Pena que estejamos vivendo esse momento atípico, sem torcida, o tempero das grandes finais, mas não se pode minorar a grandiosidade dessa decisão.    Os dois pavilhões desses grandes clubes têm peso gigantesco na história.     O lastro é enorme.

E ainda a conclusão que já temos, qual seja a de que esse título de 2020 - agora em janeiro disputado - já tem dono:  o futebol brasileiro.      

O lindo troféu vai ficar no Brasil.       Já está.      Resta saber para onde vai:  Capital ou litoral paulista.   


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