sexta-feira, 26 de junho de 2020

HORA DE MUDANÇAS NO ESPORTE.

Essa pandemia de 2020 deveria servir para que todos os dirigentes do esporte aproveitassem e redirecionassem esse produto e em todos os sentidos.

Acho até que isso irá acontecer em alguns pontos mas não de forma abrangente como seria o recomendável.

Adequar calendário, entender que faturar é preciso mas respeitar as condições humanas dos atletas, baixar a bola e visar menos o sucesso financeiro e mais o espetáculo em si, e muito mais.

O patamar da grana atingido nos últimos tempos foi fora do normal, especialmente no futebol.
Sim, sabemos que muita gente LAVA e ENXÁGUA dinheiro nessa modalidade, principalmente no exterior, mas tem de haver um parâmetro razoável e honesto nisso tudo.

O esporte em geral precisa de uma REFORMA GERAL.
De conceitos, de limites, de razoabilidade.

2020 deveria ser um marco no esporte quanto a mudar a linha de conduta de como ele é conduzido.

A ganância dos dirigentes, empresários, empreendedores de todas as áreas, sufoca aqueles que suam a camisa e correm atrás de títulos e recordes.

Já o espectador, o telespectador, o fã do esporte, se vê levado de roldão pela máquina incessante que só visa lucros e mais lucros.

Em nosso âmbito doméstico, Brasil, e especificamente no futebol, vê-se que pouco mudou.
Clubes endividados seguem acenando contratos impagáveis para alguns atletas, desdenham dos compromissos financeiros e que se acumulam diariamente, além de nada se importar com mudanças benéficas ao produto.

Com a pandemia estamos todos nos sentindo enfermos e engessados em nossas atividades, o mundo entra em recessão, as previsões de retomada economica são as mais longas possíveis, então prometemos com a dor MUITAS MUDANÇAS, mas com pouquissimas ações.

A constatação é triste, ou seja, pouco ou nada irá mudar como deveria ou prometemos no leito da enfermidade.







segunda-feira, 22 de junho de 2020

PRA QUEM EU TORÇO.

Quando me perguntam sobre qual time eu TORÇO faço questão de expor minha posição sobre uma diferença que julgo vital.

Vejo que temos TORCEDOR e SIMPATIZANTE.

Defino como torcedor aquele que vive cada minuto do dia o seu clube do coração, acompanhando noticiário, discutindo com amigos e colegas, fazendo contagem regressiva para os jogos e por aí vai.
Além de SOFRER com os tropeços do seu clube, é claro.
Digo do sofrimento forte, daquele que faz chorar, trancar a porta e não querer papo com ninguém e etc.
Esse qualifico como um TORCEDOR.

Já o simpatizante não sofre, não dá prioridade a algum clube nas 24 horas do dia.
Ele acompanha, desgosta é claro dos resultados negativos, se compraz nas vitórias e fica nisso.
O simpatizante não esperneia, não bate portas, não perde amizades, não sofre.

Alguém poderá perguntar se essa dicotomia é possível num esporte tão envolvente como é o futebol?
Digo que sim.

Tenho amigos que vivem tais situações.
Eu mesmo vivo essa situação.

Confesso que já fui mais TORCEDOR, já me envolvi muito mais do que atualmente, o tempo vai dando prioridades para cuidarmos em detrimento do futebol.

A simpatia por alguma agremiação prossegue pois ela não afeta sentimentos e nem altera rotina, é apenas uma identificação suave com a agremiação X ou Y.
Simpatizar-se com um clube não é prioridade na vida pessoal.

Ressalto entretanto que não tenho repulsa alguma por quem é TORCEDOR apaixonado e que sofre nas derrotas, pois é uma escolha, é um sentimento.
Só não acho muito racional e saudável.
Mas nem sempre se controla as emoções, portanto é inevitável uma mudança muitas vezes.

O simpatizante leva numa boa, na leveza do esporte e contingências.

E tudo isso é apenas uma posição minha, toda pessoal, sem qualquer intenção de levantar tese ou provocar alterações no comportamento de ninguém, até porque nem tenho esse poder e muito menos pretensão.











quarta-feira, 17 de junho de 2020

MARACANÃ, O SETENTÃO.

Maracanã completando 70 anos de existência.

Comecei a frequentar o estádio Mário Filho à partir de 1976 quando ia quase todos os domingos transmitir o clássico da rodada do Carioca pela rádio Gazeta.

A Gazeta fazia a cobertura da rodada do Paulista, que sempre começava as 16 horas, e fechava as transmissões com o segundo tempo do carioca por volta das 6 da tarde.

Perdi a conta do quanto viajei aos domingos para o Rio de Janeiro ao lado de um operador de áudio para essas transmissões.    Comentarista e repórter eram cariocas.

Fazíamos a segunda etapa dos clássicos - sempre tinha um grande clássico fechando a rodada - e depois voltávamos pela noite nos saudosos Electras da Varig na ponte aérea.

Muitas vezes almoçávamos no próprio estádio num marmitex que comprávamos em um restaurante atrás das cabines e que era caseiro e muito gostoso.

Hilário era o nome de um senhor que cuidava das cabines do Maraca e ele sempre arrumava um espaço para transmitirmos.    Quando não dava a gente ficava acima das cabines, no telhado das mesmas, mas aí expostos a sol ou chuva.

Eu me realizava pois via na lanchonete antes dos jogos grandes feras da comunicação carioca, como João Saldanha, Doalcey Bueno de Camargo, Jorge Cury, Chico Anisio ( que comentava pela Tupi ), Luiz Mendes, Waldir Amaral, além de atores famosos que iam assistir às partidas.

Sempre foi emocionante trabalhar no Maracanã.
Não era escala, era um prêmio.

Normalmente havia 90, 100 mil pessoas todos os domingos para Vasco x Flamengo, Fluminense x Botafogo, Fla x Flu, Botafogo x Vasco, Vasco x Fluminense...

Me lembro que um dia numa das cabines transmitindo um desses jogos, olho para trás e vejo sentado e nos acompanhando o lendário Jorge Cury.     Deu tremedeira.

Cury e Waldir Amaral dividiam a transmissão, um na primeira etapa e outro na segunda.
Por isso ele estava descansando alí atrás em nossa cabine.

Fiz um sinal de positivo pra ele e recebi de volta um aceno carinhoso, de prestígio.

Parabéns ao Maraca, setentão, sempre jovem, colecionador de histórias e estórias.
De boas e de más lembranças, mas tudo no contexto emocionante do futebol.




domingo, 14 de junho de 2020

SEU ZITO

5 anos da morte física de José Ely de Miranda, o grande Zito.

Campeonissimo com jogador de futebol pelo Santos e Seleção Brasileira.

Foi diretor do Peixe por muitas vezes e sempre agindo com honestidade, seriedade e amor ao clube praiano.    Foi muito respeitado em todos os tempos.

Era de autenticidade notável mas respeitava opinião contrária e discutia os assuntos com maturidade.

Conheci bem "seu Zito" na Copa do Mundo de 1998 quando ele integrou a equipe da Band na França.

Fizemos algumas viagens de trem pelo interior francês para transmissões.
Papos inolvidáveis.
Aprendizado de vida e especialmente quando víamos aquelas pastagens e aí ele demonstrava todo o conhecimento pela pecuária.
Foi ele quem adiantou num desses papos a "quebra" da Boi Gordo, empresa que deixou muita gente na mão, até os dias de hoje sem resolução.

Foi ele que em diversas vezes na Vila Belmiro na resenha antes da bola rolar nos dizia de um garoto da base que iria explodir para o mundo.
Falava de Neymar, mas pedia para não revelar o nome do menino.

Seu Zito tinha a cadeira cativa em Urbano Caldeira bem à frente da nossa cabine de transmissão e quando não era possível conversarmos antes, ela me acenava com carinho de onde estava.
Um enérgico e exigente dócil e de coração gigante.

Saudade, seu Zito!

Linda história no esporte e exemplos dignos de vida correta e simples.








sábado, 13 de junho de 2020

EDEMAR ANUSECK E BRAGA JÚNIOR.

Em tempos de pandemia e de reclusão social as "lives" têm ganhado espaço na mídia.

Já participei de várias e nessa segunda-feira, dia 15, atendendo a um convite especial de um amigo, EDEMAR ANUSECK, o locutor explosão, bateremos um papo certamente muito agradável, e mais a presença de BRAGA JÚNIOR.

Braga foi o mais jovem narrador brasileiro a trabalhar na Copa de 58, Suécia.
E depois vieram tantas outras...

Culto, vocabulário vasto, comunicador dos mais brilhantes, Braga Júnior foi um dos primeiros locutores que identifiquei ouvindo rádio e no Mundial do Chile em 1962.
Quatro anos antes, em 58, ainda menino, 10 anos de idade, ouvia as transmissões da Copa da Suécia mas não tinha noção de quem estava narrando e comentando.

Mas em 1962 os locutores já ficavam marcados na minha mente.
E Braga foi um deles.

No início dos anos 80 eu viajando pela rádio Bandeirantes para as transmissões da Fórmula-1 tive a honra de conviver em vários GPs com o Braga Júnior, ele pela Excelsior/SP do sistema Globo ( hoje rádio CBN ).

Edemar Anuseck, com quem me relaciono desde os anos 70, eu pela Gazeta e ele pela Jovem Pan, o locutor explosão, deixou uma história marcante no rádio paulista.
Revelou-se na comunicação em Santa Catarina e Paraná, para depois se consagrar em São Paulo por muitos e muitos anos.
Por onde militou fez seu nome e sempre muito respeitado, pessoal e profissionalmente.

Então nessa segunda-feira à partir das 18:30 pelo INSTAGRAM nós três trocaremos experiências e certamente contaremos muitas passagens ao longo do tempo.

Fica o convite a quem por acaso se interessar em acompanhar.

@jotajr48 é o meu instagram.






quarta-feira, 10 de junho de 2020

FIORI. 14 ANOS SEM ELE.

À par do grande comunicador, agora que estamos completando 14 anos sem Fiori Gigliotte, gostaria de enaltecer o SER HUMANO que ele foi aqui entre nós.

Meus primeiros contatos com Fiori foram a partir de 1976 quando cheguei ao rádio paulistano ( Gazeta ) e o encontrava pelos estádios onde tínhamos transmissões.

Não preciso dizer que era sempre uma forte emoção poder cumprimenta-lo apenas com um "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite".
Quando havia a oportunidade de batermos um papo pelos bastidores das cabines dos estádios eu me realizava.
Cortês, super educado, atencioso, uma aura linda.

Quis o destino e agradeço muito, que um dia fôssemos trabalhar na mesma equipe, no mesmo time: a rádio Bandeirantes.
Isso à partir de janeiro de 1981.

Além de todo o indiscutível potencial dele narrando futebol - craque na acepção da palavra - me chamava a atenção o seu carisma junto aos ouvintes e principalmente a ATENÇÃO que ele dispensava a quem o procurasse, fosse pessoalmente ou por carta ( que na época era o meio usual de se comunicar com os ídolos do rádio ou da televisão ).

Assisti a inúmeras palestras de Fiori pelo interior paulista, pois era muito requisitado para esses eventos, e com o detalhe que pouco era pra falar de futebol MAS sim para filosofar, falar da vida, do AMOR e da generosidade.

Fluente, vocabulário rico mas simples, voz gostosa de se ouvir, Fiori emocionava as plateias a quem se dirigisse.

Viajou quilômetros e quilômetros com seu time de futebol, o SCRATCH DO RÁDIO, levando comunicadores da Bandeirantes, operadores técnicos e convidados, para partidas beneficentes, sempre BENEFICENTES.

Recebeu mais de uma centena de títulos de "Cidadão" pelo Brasil.

Gostava de uma boa pescaria.
Gostava da natureza e se auto rotulava um "caipira nato" do interior.

Amava sua família e tinha um respeito imenso pelos companheiros de trabalho.
Não foi muito bem compreendido algumas vezes por tomar atitudes coerentes, ponderadas, equilibradas, quando muitos queriam contrariar sua essência pedindo que fosse explosivo, contundente, coisas que ele não tinha no seu coração.

Confesso que muitas coisas eu "plagiei" de Fiori na minha conduta pessoal e profissional.
E nunca me arrependi disso.   A melhor atitude nem sempre é a da explosão irracional, mas sim de empreender diálogo e entendimento.

Batalhou na profissão até seus últimos dias.

Amava a vida, amava a família, amava o rádio, amava irradiar futebol.

Cometeu erros, quem não os comete?
Mas acertou MUITO MAIS em sua passagem pelo planeta.

Um bom homem, um generoso amigo, um ídolo, um guerreiro.










segunda-feira, 8 de junho de 2020

FOTOS, REGISTROS...

Tenho publicado no Facebook e Instagram fotos de momentos da minha carreira e sem qualquer pretensão de impressionar ou de me valorizar.    Sou um pouco vaidoso para outras coisas, menos para isso. 

Há tempos já vinha ouvindo de amigos que seria interessante colocar as fotos pois quem é do esporte adora esses registros.

Pelo tempo que comecei minha vida profissional a maioria das fotos é de máquinas e só depois com os celulares, embora confesse minha "preguiça" para faze-las.

Muitas das viagens nem levei a célebre máquina fotográfica e fui muito criticado pela família.

E olha que tive na família parentes muito próximos que adoravam tirar fotografias.   Meu saudoso avô Antonio, também saudoso tio Nico, tio Armando, e meu primo Batú.

Mas então deixo aqui o recado para quem tiver curiosidade de ver fotos registradas ao longo da minha carreira visitar meu Face e o Instagram e matar saudade de alguns acontecimentos se for o caso.

Face é José Francischangelis (Jota Júnior) e Instagram @jotajr48

Obrigado.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

ATROPELAMENTO EM MADRI.

Lembrando um acontecimento no inicio dos anos 80 quando eu viajava com o amigo Edgard Mello Filho para as coberturas de Fórmula-1 pelo mundo.
Transmissões pela rádio Bandeirantes de São Paulo.

Caminhávamos pela Gran Via em Madri quando à nossa frente uma senhora idosa foi atropelada ao tentar atravessar a avenida.
Edgard correu para socorre-la e de pronto constatamos felizmente que nada grave havia ocorrido com ela.       Pequenas escoriações, apenas.

Ela nos assegurou que estava bem mas mesmo assim fizemos questão de acompanha-la até a sua casa, não muito distante de onde estávamos.
E assim o fizemos.

Lá chegando vimos que ela morava com uma irmã também de idade e ao tranquiliza-la da situação tomamos um café, batemos um papo e ao deixar o apartamento elas nos "obrigaram" a dizer em que hotel estávamos hospedados.

Resistimos o que pudemos mas acabamos fornecendo a nossa localização na capital espanhola.

Dia seguinte logo pela manhã eis que nos avisam da recepção que duas senhorinhas haviam deixado um "regalo" para nós dois, um lindo bolo de morangos e com dedicatória.

Isso mesmo, um belíssimo bolo de morangos.     E delicioso também, é claro.

Passagens gostosas de se contar mesmo depois de quase 40 anos do fato.





quarta-feira, 3 de junho de 2020

AS REPRISES E AS LEMBRANÇAS.

Na minha carreira que já vai indo para 51 anos nunca quis ser protagonista de nada e certamente nunca tive condições para tal.

Mas nessas décadas todas de caminhada revejo agora nessas reprises que as televisões fazem na pandemia muitos dos eventos em que tive o prazer de participar.

A Copa América de 1989, por exemplo, é um deles.

Em vias de me transferir para a TV Globo naquele ano a Band fez toda a cobertura da competição e por conta da minha "valorização profissional" naquele momento, recebi escalas importantes, como Brasil x Argentina e aquele super gol de Bebeto num voleio fantástico.

Foi um dia de ouro do Maracanã, e para mim em especial, é claro.

Aquele Brasil x Itália na Copa de 78 decidindo o terceiro lugar, que transmiti pela rádio Gazeta, da mesma forma me fez voltar no tempo.
( aliás, nesse dia no Monumental de Nunez vivi todo o drama do amigo José Silvério pelos bastidores, antes da transmissão, quando ele visivelmente enfermo teve que ir pro ar ).

Jogos de vôlei históricos que também atuei pela Band me jogaram lá atrás na passagem de tempo.

Enfim, as reprises cutucam nossa memória, assim como outro dia acabei vendo imagens da cerimônia de abertura da Copa da Argentina onde nos setores da imprensa eu lá estava ao lado de Roberto Petri e Rubens Pecce, tendo atrás o lendário e fantástico Jorge Cury.

Outro dia o Sportv descobriu que estive na Copa da Espanha 1982 e me pediu um depoimento curioso sobre minha estada no evento.   

Os anos passam e o gostoso é ter a certeza de que cumprimos nosso papel com honradez, dedicação, seriedade e dignidade.    O que por sinal não é mérito, mas uma obrigação profissional e pessoal.






ARREGAÇAR AS MANGAS E RECONSTRUIR.

Aquela célebre colocação de que só sentimos falta quando perdemos alguma coisa está mais adequada do que nunca nesses tempos de pandemia.

Coisas que antes não dávamos valor algum, agora queremos te-las.

No caso do esporte, e do futebol, sentimos na pele e nos ossos o quanto esse produto era importante no contexto social, mesmo com suas loucuras e desacertos.

Afora o fanatismo de alguns, o futebol e suas estrepolias espairecem o cotidiano tão difícil que os brasileiros têm de enfrentar.

Já para os fanáticos esse esporte se torna até perigoso pois eles o colocam em primeiro plano na vida e isso comprovadamente não é racional.
Aliás, na vida, tudo deveria ser colocado na sua ordem certa de importância.

Sentimos no dia a dia a ansiedade pela volta dos campeonatos, enfim, pelo retorno da bola rolando.
A expectativa é tão grande que muitas vezes se quer desprezar a SAÚDE - já que estamos ainda na tempestade da pandemia - dando prioridade ao futebol e os riscos que todos correriam enquanto o vírus não for controlado.

Já quase 3 meses sem futebol e à par de esperar o retorno dele, temos as consequências financeiras e sociais dessa paralisação, pois é um produto que gera empregos e muita gente depende dele para viver, ou sobreviver.

Mas o Mundo foi submetido a tudo isso.
Há que se compreender o evento e buscar a fundo a recuperação de tudo o que envolve o futebol na atualidade.

Ranger de dentes, esperneio, revolta, nada disso irá resolver o prejuizo da parada.

A humanidade já se refez tantas vezes, e ela é capaz disso, que é arregaçar as mangas e reerguer esse prédio, as nossas vidas, a nossa autoestima.




segunda-feira, 1 de junho de 2020

NOVOS TEMPOS. UMA NOVA ERA.

A pandemia está exigindo de TODOS muitas reflexões pessoais e por extensão em todas as atividades do planeta.

Muita coisa deverá mudar no pós-pandemia.

Conceitos materialistas como a inflação que vinha ocorrendo no futebol terão de ser revistos.
O futebol para pouquissimos clubes é auto sustentável, pois a imensa maioria depende dos patrocinadores, apoiadores e nessa altura as empresas estão tendo que recomeçar economicamente e isso pode levar algumas temporadas.

Salários astronômicos penso que não serão mais possíveis com dinheiro limpo e com procedência legal.

Os direitos de competições sempre negociados a peso de ouro e com leilões entre as operadoras e tevês interessadas também terão de ser ajustados ao momento de crise mundial.

O desemprego no planeta tende a crescer muito e aí para o torcedor ficará complicado arcar com as despesas de ir ver um jogo de futebol no estádio.

Tempos difíceis, urge adaptação a eles.
De todos.

Não se tratam de colocações terroristas as que estamos registrando mas de uma nova realidade, onde talvez cheguemos a patamares mais plausíveis e coerentes, justos, sensatos.

Estávamos numa escalada alucinante, desenfreada, em tudo, e no futebol as coisas passavam dos limites aceitáveis do bom senso.

Não deixaremos de ter os grandes clubes, os grandes craques, mas todos vivendo uma era de pés no chão.   O vírus nos fez parar para que mudássemos o que estava superfaturado e em todos os sentidos.   É só viver um novo tempo e pronto, voltaremos a girar a roda.

Aqui estamos escrevendo especificamente sobre o futebol porém é evidente que os outros esportes também se enquadram na nova era.
Aquele mundo de ilusões, de bilhões e de grandes dívidas também, acabou.

Ajustar a cintura da roupa depois da dieta, é assim que teremos de fazer.

E os grandes empresários sabem disso.     Relutam em acreditar que seus olhos gordos também terão de emagrecer, mas entendem que nada será como antes em seus lucros exorbitantes.

O vírus se encarregou de AGITAR todos os setores da sociedade.
No esporte não seria diferente, logicamente.