quarta-feira, 31 de março de 2021

DIEDE LAMEIRO, MISSÃO CUMPRIDA!

 A notícia da morte de DIEDE LAMEIRO me fez voltar no tempo.

Ele era técnico do Guarani de Campinas e eu começava minha caminhada no rádio local.

Vez ou outra eu ia acompanhar os treinos do Bugre no Brinco de Ouro e sempre fui muito bem recebido por ele.

Certa vez em um jogo que o Guarani ia fazer no seu estádio ele me convidou para sentar no banco de reservas ao seu lado e sentir de perto como era o clima da competição.

Emocionado é claro que aceitei pois queria estar ali, ao lado do gramado, vivendo todas as emoções dos profissionais da bola e especialmente dele, um treinador já consagrado na época.

Diede era assim, duro e austero no desempenho do seu trabalho, mas carismático com muitos que o cercavam.    Além de conhecer muito de futebol, obviamente.      Dirigiu Ferroviária, Criciúma, o São Paulo e tantos outros clubes, assim como o "seu" São José do Vale do Paraíba, onde ficou até morrer na terça-feira passada as 87 anos de idade.

Na Águia do Vale, o São José, foi dirigente em várias oportunidades e com grandes campanhas.

Ele começou jogando basquete, virou técnico dessa modalidade, para depois mergulhar nas águas do futebol.

Me lembro de ter almoçado algumas vezes num restaurante dele na rodovia Dom Pedro, o Chaparral, que por sinal existe até hoje mas que não lhe pertencia mais.

Simples, direto, jeitão caipirão, erre arrastado, Diede ensinou a muita gente.     Foi um grande cara.

Das pessoas que nos marcaram a gente não esquece e sente a necessidade de prestar homenagens.

Professor Diede é um deles.

Cumpriu missão e agora vai em busca de novos desafios, em outra dimensão.




domingo, 28 de março de 2021

PAULO STEIN E EDSON CALLEGARES.

De um ano para cá são incontáveis os amigos e colegas de trabalho que perderam suas vidas.

A cada momento somos impactados pelas notícias.

Nos recentes dias as perdas de dois colegas/amigos de profissão, dois narradores, jornalistas de muita competência:  Edson Calegares e Paulo Stein.

Dois gigantes comunicadores que tive o prêmio de conhecer e de receber deles a amizade e o respeito.

Edson sempre o encontrava na Vila Belmiro e em outros estádios onde o Peixe fosse jogar.  Papos rápidos as vezes, apenas um boa tarde ou boa noite, mas sempre com carinho mútuo.     

Paulo Stein fomos contemporâneos de Rede Bandeirantes.    Eu em São Paulo, ele na equipe do Rio de Janeiro.     Foi de jornal e rádio, também.     Talento em comunicar.     Jornalista com letras maiúsculas.

Nome marcante também na Manchete.   Tomamos muitos cafezinhos na Itália durante a Copa de 90.     Paulo era um cara do bem.     Resolvia as questões com serenidade, equilibrio.

E depois fui premiado mais uma vez ao trabalharmos novamente numa mesma empresa quando ele foi contratado pelo canal Sportv em 2016.

Indo ao Rio era gostoso encontrá-lo na redação e recordarmos passagens e momentos pelos aeroportos, hotéis e restaurantes da vida.      Me fazia muito bem reve-lo.

Mas Edson e Paulo nos deixaram e vítimas da Covid, lamentavelmente.

Além da perda de dois talentos da comunicação, a perda de dois queridos amigos.

Vida que segue, para nós aqui e também para eles, pois é só o corpo físico que falece.

Morre a matéria e vamos vibrar em outra dimensão, com a mente astral, com a nossa verdadeira VIDA que é a da consciência cósmica.     Essa nunca morre.     Por isso, para muitos, a certeza de reencontros.      

Que estejam fazendo uma serena e pacífica passagem.        E certamente estão.    





 

quarta-feira, 24 de março de 2021

BOICOTE NO PARAGUAI.

Quem nunca passou por apuros na vida?

Já descrevi vários nesse blog ao longo dos anos, mas sempre me vêm alguns à cabeça.

Lembro de um em Assunção, Paraguai, quando fui transmitir um jogo da Libertadores na segunda metade dos anos 70.     Estádio Defensores del Chaco, no bairro Puerto Sajonia.

Fui enviado pela rádio Gazeta e antes de viajar me chamaram para dizer que eu iria sozinho, sem comentarista e sem operador de áudio.     O jogo não era de um "grande" da capital e resolveram economizar.

Desci até a garagem do prédio da Fundação Cásper Líbero onde ficava o departamento técnico de áudio para receber orientações sobre como acionar o equipamento em Assunção.

É claro que tive de encarar os colegas operadores todos de cara fechada pelo fato de não irem viajar nessa jornada de trabalho até o Paraguai.    E todos com razão, diga-se.

Me explicaram como funcionaria a máquina e lá fui eu.

Já no estádio e na minha posição de transmissão comecei a plugar os cabos e a chamar "alô Brasil, alô Gazeta!" para completar a conexão.

Ninguém respondia e refiz toda a instalação dos fios.     E nada dos colegas da Gazeta ouvirem na Central Técnica em São Paulo.    O tempo passava e se aproximava a hora da partida.     

Resolvi apelar para um operador brasileiro de uma rádio paulista ao meu lado mas senti que "eles" tinham decidido não me ajudar.    Fecharam um protesto coletivo pelo fato da Gazeta não mandar um técnico de áudio para a jornada.

Sentindo o espirito de corpo dos operadores fui até um técnico paraguaio e pedi socorro.

Ele prontamente me auxiliou, e decisivamente, pois consegui abrir comunicação com o Brasil.

Lógico que entendi o protesto da classe mas na hora do desespero condenei silenciosamente a atitude deles.

Eu, recém chegado a São Paulo, um garoto do interior, ainda não tinha a amizade e a intimidade de todos os operadores das grandes rádios paulistanas.     Isso também contribuiu para a falta de empatia.

Com o tempo, fiquei amigo de todos eles e vez em quando relembrávamos o episódio-Assunção.

E rimos.



 

segunda-feira, 22 de março de 2021

CONCORRENTE OU INIMIGO?

Nos anos 70 trabalhei numa rádio do interior paulista onde presenciei algo que me chocou.

Duas emissoras cobriam o campeonato estadual, apenas.    O que era para ser apenas um concorrência acabou virando uma batalha quase campal.

Concorrentes, os radialistas dessas duas equipes se odiavam e nem se falavam.

Nas viagens para as transmissões do futebol se uma equipe parasse num posto de estrada para um cafezinho, a outra não parava alí de jeito nenhum.

Nos restaurantes em outras cidades era a mesma coisa.    Jamais os profissionais das duas rádios almoçavam sob o mesmo teto.     Algo inacreditável.

Certa vez no aperto das acomodações para a imprensa em um estádio onde mal dava para se mexer, tivemos que "apartar" dois marmanjos" ( um de cada emissora ) se engalfinhando violentamente.

Havia também maldades nos estádios antes das transmissões.   Quem chegasse primeiro buscava a linha de transmissão da adversária para avariá-la colocando um prego nela, o que impedia a comunicação.

Quem chegasse primeiro pegava todas as cadeiras disponíveis das cabines para que os "colegas" da concorrente não se sentassem durante a jornada.

Eu como não era da cidade das duas rádios, apenas ia da minha Americana para narrar os jogos, ficava abismado com o que via e meio amedrontado pois estava em começo de carreira.

Pensava:  será que vai ser sempre assim, por onde eu passar?

Minha sorte é que fiquei por uma temporada apenas trabalhando na cidade.    Que decepção ver tudo o que vi naquele ano.

Hoje as duas rádios ainda estão no ar, novas gerações apareceram, não sei se ainda há essa belicosidade toda, mas essa passagem registrada nos anos 70 foi deveras triste e vergonhosa.

E também muito triste para as relações humanas.



 

quarta-feira, 17 de março de 2021

CAOS HISTÓRICO.

 Respeitando as posições de todos, pois cada um tem o direito de pensar, raciocinar e decidir sobre suas opiniões, a verdade é que estamos vivendo um caos histórico.    E isso não é para aterrorizar ninguém, causar alarme, porque quem está vivo e tem olhos de enxergar sabe do momento delicadíssimo que atravessamos.

Esquecendo, ou procurando ignorar a batalha política que existe, a realidade está bem à nossa frente.   Impossível fazer vistas grossas e dizer que é tudo invenção da mídia, que a Ciência exagera e bla bla bla.

Basta entrar num hospital, seus corredores, conversar com médicos e todos os profissionais da área de saúde para sentir o quanto é grave a situação em nosso País.

Ou então verificar o crescente número de óbitos e de internados.

Alguém poderá invocar tudo o que está acontecendo no Planeta.   Sim.   É uma pandemia.   Mas temos que cuidar do nosso terreno, da nossa área.    E por aqui estamos errando demais.    Povo e governantes.     Todos.      

Os políticos, porque pensam preferencialmente no seu futuro de carreira e por incompetência, e nós aqui de baixo pela imprudência, negligência e pelos abusos que desafiam o virus faminto e letal a todo instante.

Pecamos por aqui também por levantar bandeiras.    Parece que estamos em campanha eleitoral, e as eleições só vão acontecer em outubro de 2022.       A evidente prioridade presente é salvar vidas, é socorrer os mais necessitados, dar amparo e apoio ao povo.   E nisso nossos políticos pouco têm feito.     Ou quase nada.

Torcer por esse ou aquele político - e futuros candidatos - neste momento não irá resolver absolutamente nada.     Não irá salvar vidas.

Se você por infortúnio estiver internado fique certo de que NENHUM político irá saber e se soubesse você seria apenas mais um número para eles.  A frieza e a incompetência desses senhores ficaram mais evidenciadas nessa pandemia.      Se alguém por acaso duvidasse do quanto nossos políticos são egoistas, frios e incompetentes, o virus apareceu e escancarou esses "dotes" dessas figuras.

E se os homens públicos precisassem de um desafio para testar sua capacidade, empatia e respeito ao povo, a pandemia veio e botou as cartas na mesa desmascarando a todos.      

Sentimos que estamos desamparados por quem deveria ter tomado as providências para amenizar o impacto da epidemia.     Bateram cabeça, mostraram-se despreparados, preocuparam-se com picuinhas eleitorais, apostaram em bobagens, e agora a conta chegou.

E como escrevi acima, todo fracasso coletivo precisa ser compartilhado.   Não podemos nos excluir do processo ter chegado a esse ponto.    Exceto as pessoas que respeitaram o perigo e procuraram se esquivar do contágio, mesmo que trabalhando, muita gente estufou o peito e foi pras baladas, festas, praias, aglomerou-se, desprezou a máscara, chamou a presença do vírus.     E ele atuou.







segunda-feira, 15 de março de 2021

"CAUSOS" DOS BASTIDORES.

Certa vez num estádio paulista onde havia terminado a última rodada do Brasileirão e onde um grande clube havia sido rebaixado, eu estava em outro jogo trabalhando e terminada a missão deixei a cabine rumo ao elevador ou escadaria ( podia optar ).

Ainda atrás do local reservado à imprensa, conselheiros e diretores do clube mandante, vinha um grupo de pessoas e eu na frente.     Um deles começou a me agredir verbalmente, à mim e à empresa onde trabalhava, vociferando alucinadamente e é claro me provocando a reagir.

Como sempre agradeço ao Universo por ter me dado um bom autodomínio, onde nas situações delicadas eu crio ao me redor uma redoma, fui caminhando e não olhando para trás.

Um outro cidadão ao meu lado sussurrou dizendo para eu não ligar pois o cara era assim mesmo, totalmente descontrolado quando impregnado de fortes emoções.    Em resumo, um pavio curto, mal educado, desrespeitoso e covarde, pois estava em grupo contra uma pessoa apenas: EU.

Escolhi não esperar o elevador e fui pela escadaria do estádio.

O desequilibrado não parava de me insultar, provocar.    É claro que temi ser agredido fisicamente pelas costas, mas optei pelo equilibrio e pela sorte.

Quase chegando ao piso térreo pensei o que iria acontecer quando ganhássemos a calçada, a rua, porque ali estavam todos os colegas de trabalho no caminhão de transmissão.    Haveria alguma reação dos amigos ao incontrolável "torcedor".   Poderia haver um conflito generalizado.

Como nada podia fazer, desci os últimos degraus e fui em direção à rua defronte do estádio.

Sai pela esquerda rumo ao nosso carro transportador e ele saiu pela direita, portanto em sentido contrário.       

Nesse episódio conheci um pouco mais das ações do ser humano quando tomado de forte emoção e que o futebol é especialista em produzir, ao mesmo tempo que pensei ter economizado uma sessão terapêutica ao cidadão.      Ele gritou, desabafou, botou tudo pra fora, desopilou e certamente chegando em casa teve que lavar as louças e varrer o chão.

Causos do futebol e seus bastidores.


 

sábado, 13 de março de 2021

AVENTURAS DE UMA PRIMEIRA VIAGEM.

Estava me lembrando da minha primeira viagem à trabalho para o exterior. 

Foi pela rádio Gazeta em 1978 para transmitir jogos da Seleção numa excursão pré-Copa do Mundo daquele ano.     Jogos na Itália, França, Alemanha, Arábia Saudita.    

Lembro que minha escalação causou um certo tumulto nos bastidores onde um companheiro achou que ele deveria ir no meu lugar, alegando ser mais experiente e mais velho de casa.

A direção sustentou minha ida e a equipe era essa:  José Italiano, Roberto Petri, Sérgio Baklanos, Dalmo Pessoa e eu.

Naqueles tempos decretou-se que quem viajasse para o exterior deveria fazer um Depósito Compulsório e a grana somente seria devolvida meses depois, sem juros e correção.

Os valores giravam em torno de aproximadamente 22 mil cruzeiros.    Um dinheirão para a época.

Para a minha surpresa, a empresa disse que esse "depósito" só poderia ser feito pelo titular da passagem aérea, ou seja, cada um de nós da equipe.

Pelo mal estar do lance do colega que rebelou-se com a minha escala e pelo fato de precisar depositar 22 mil cruzeiros, o ideal seria desistir da viagem e da escala, a qual representava muito profissionalmente pois seria a primeira ida pra fora do País e com jogos da Seleção brasileira.

Minha família me intimou a viajar.     Colocou-se à disposição para uma "vaquinha" e levantar a grana para o depósito estipulado pelo Governo.

Um ano antes eu havia acertado na Loteria Esportiva em pequeno grupo, mas com premiação considerável em relação ao meu salário da época.     O dinheiro ganho ainda estava na poupança da Caixa.

Dispensei a vaquinha que a familia se propunha a levantar, agradeci a todos, saquei os 22 mil cruzeiros e viajei com a equipe Gazeta.

As energias para aquela excursão estavam tão carregadas que sofri os efeitos.    Transmiti apenas dois jogos da Seleção e tive que voltar ao Brasil antecipadamente por questões de saúde.

Mas meses depois o governo devolveu meus 22 mil.      Pelo menos isso.




quinta-feira, 11 de março de 2021

MÊS DE MARÇO. PLANETA EM REFORMAS?

 Foi em março de 1999 que recém saído da Bandeirantes me iniciei nos canais Sportv/Premiére.

Estou, portanto, completando 22 anos de casa.

Foi em março de 2020, dia 14, que fiz a transmissão que encerrou o futebol por causa da pandemia, o jogo entre Inter de Limeira e Palmeiras pelo Paulistão.

Me lembro ter saído do estúdio em São Paulo após a transmissão e alguém dizer um "logo tudo volta ao normal".      Palpite otimista, sem dúvida, até de bom animo pelo que se sabia e ouvia, mas no fundo havia uma nuvem carregada demonstrando que o temporal seria muito forte.

O planeta na programação Cósmica já estava destinado a se modificar, a mudar de estágio.   Tudo evolui no Universo e os planetas, os astros, também precisam se adaptar ao Plano Maior.

Assim como as vezes necessitamos aplicar reformas e reparos em nossas casas o Alto Comando vê necessidade de "reformar" a Terra e em muitos sentidos.     O moral é um dos principais deles.

Esse vírus, na verdade, é apenas o instrumento Cósmico para agir nas mudanças.   É cruel mas é o que parece estarmos merecendo, haja vista a maneira como estamos nos comportando há tempos.

A humanidade ao longo do tempo foi envenenando tanto a energia do planeta que até acelerou essas "reformas" que já estão acontecendo e se estenderão por um bom tempo.

Lá atrás, as guerras, os terremotos, tsunamis e as pestes já foram reparos aplicados ao nosso mundo.    Vidas se foram, cidades destruídas, economia despencando, obrigatoriedade de um grande recomeçar.

Mas ainda assim os habitantes terrenos não aprenderam com a dor e perdas.    Seguimos nos digladiando, nos desrespeitando, afrontando normas éticas e principalmente a Lei do Amor ao próximo.

O resultado é que a energia no planeta continuou carregada, densa, dificultando a propagação do amor, da caridade, da solidariedade, do perdão, do bom entendimento humano.

E quando os filhos não se comportam os pais têm de intervir duramente.    Além do fato de os pais terem também a obrigação de dar bons exemplos, o que nem sempre aconteceu, e acontece por aqui.

A Natureza/Mãe está de chinelos na mão.    E nós aqui em baixo, desobedientes, turrões, teimosos ao extremo, seguimos desafiando e de nariz empinado.      Mas quando a dor é grande TODOS param para pensar, refletir, nem que seja um pouquinho.

Muitos já estão assimilando a lição.    Outros desdenham e seguem como se nada estivesse acontecendo.    Mas o Universo é Justo e à cada um segundo suas obras.     Pode nem ser aqui e agora mas a eternidade de nossas vidas é algo indiscutível, incontestável.




quinta-feira, 4 de março de 2021

O FUTEBOL É ESSENCIAL?

 O futebol é um produto essencial em tempos de pandemia?

O tema suscita muitas discussões.      Quando se recomenda "ficar em casa" os jogos pela televisão preenchem o tempo do cidadão e dão um certo refresco na cabeça com tantas notícias ruins que vemos e ouvimos.    Todas verdadeiras, por sinal.    Estamos num abismo sem precedentes dos últimos 100 anos.

O futebol é profissional e carrega nos ombros milhares de empregos, é um fator social.

Outros dirão que em tempos de pandemia e caos na saúde TODOS têm de contribuir e arcar com os prejuízos decorrentes, assim como em muitos segmentos.

Se fizermos uma pesquisa junto aos profissionais da bola, em todos os níveis, certamente não haverá unanimidade sobre PARAR ou NÃO PARAR os campeonatos.      Assim é na vida.

O técnico Lisca ao desabafar pedindo à CBF para não realizar a Copa do Brasil pois os clubes terão que viajar muito e o risco de contaminação será alto, tem suas razões é claro, mas não obterá total apoio dos colegas de profissão.

A CBF e as federações com seus estaduais ficam nas suas, ouvem as partes, consultam os infectologistas, têm seu protocolo de cuidados mas por enquanto não se declaram, não falam.

O conglomerado comercial dessa atividade é imenso para todos os envolvidos, as divergências ocorrem, os prós e contras proliferam.    Uma sinuca de bico, como se diz no popular.

A verdade é que estamos em convulsão de ideias e conjeturas em todos os setores da sociedade.  Há os ponderados, os explosivos, os radicais, os que "sabem tudo", mas há que se ouvir os técnicos da medicina, os doutores da Ciência da saúde.     Quem sabe mais de saúde?   Os profissionais da área ou os políticos de carreira?    Sempre ficarei com os primeiros.

A prudência e o amor à vida sempre recomendarão sacrifícios e perdas financeiras em prol de baixar drasticamente a funesta contabilidade dos óbitos.    É o desafio que se nos impõe.   

Como estamos sempre pedindo e invocando a LUZ que vem de Cima, especialmente quando estamos apertados por aqui, que ela se projete fortemente sobre as mentes dos envolvidos.

Alguns recebem e aceitam essa Luz da Inteligência e da Prudência, já outros a desprezam e perdem uma grande oportunidade de acertar.

   






quarta-feira, 3 de março de 2021

NAS DERROTAS TODOS ERRAM.

 Algumas pessoas me cobram escrever mais sobre futebol, visto que aqui neste espaço tenho mais abordado a pandemia e a vida.

Sou do esporte, trabalho nisso há décadas, mas sempre peço desculpas aos que me cobram e digo que não dá para priorizar o esporte nessa hora de pânico e desespero da população.

No caso do futebol é claro que entendo ainda ser um lenitivo para o sofrimento diário nesses tempos agudos do vírus.     Mas se rígidos fossemos também chegaríamos à conclusão que até o futebol deveria estar parado, em que pese a sua atividade profissional e tantos empregos que abriga.

Os riscos são tantos, os números da pandemia são tão assustadores, que toda atividade em grupo é perigosa e temerária à saúde de todos.

Livros, filmes, novelas, esporte, estudos, algum entretenimento, tudo é necessário nessas horas para que não mergulhemos no mar profundo da depressão.    Claro que sim.     É o tempero da vida.   

Mas voltando ao tema confesso não ter clima para escrever sobre futebol diante do quadro aterrorizante que temos em todo o País.     E isso não é invenção da mídia, dos médicos, cientistas e etc.     São FATOS.  São hospitais superlotados.   São famílias desesperadas com entes nos corredores precisando de quartos e UTIs.   Equipes médicas e de atendimento são compostas de seres humanos e o esgotamento é uma constatação perigosa e triste.      

Independentemente de ideologias, perguntem aos médicos e para o pessoal da linha de frente nos hospitais se o vírus e seus efeitos são uma invenção e se estão sendo superdimensionados.   

Não temos remédios, as vacinas são uma esperança mas seus efeitos dependem de imunização maciça - coisa que ainda estamos longe aqui no País.    A coisa é muito séria, amigos e amigas.    

Por outro lado, fé e esperança andam juntas e essas "armas" não podem ser desprezadas e abolidas por ninguém, NUNCA.   

E se o vírus está ganhando é porque nós, os perdedores do momento, estamos errando.   Ficamos terceirizando a culpa e não admitimos que TODOS temos uma parcela errática nisso tudo.   Basta ter um olhar crítico para o nosso próprio umbigo e concluiremos.     

Nas derrotas não há exceções de culpabilidade.    Uns erram mais, outros erram menos.    Mas todos erram.

Quanto mais injetarmos ódio e revanchismo no "assunto pandemia" mais alimentaremos o vírus.   E é também para isso que não estamos atentando.    

Aos responsáveis e cientes do momento que estamos passando ficam os nossos respeitos e o agradecimento por tudo o que tem feito para o enfrentamento.

Mas me desculpem quem ainda me cobra "falar mais de futebol".          Não está dando.





terça-feira, 2 de março de 2021

O RECADO DO CORONA.

Nunca se pensou tanto em como será o mundo daqui em diante caso consigamos nos livrar desse vírus.     Nunca se pensou que viria um desafio tão espinhoso como o que estamos vivendo.

Nunca nos foi exigido tanto em foco de mudanças, de aceitação do que não pode ser modificado, de resiliência, de busca da paz interior.

O conflito é intenso.    Mexeu com a mente de todos.    Estamos preocupados com a perda de vidas, é evidente, porém sentimos que há algo mais forte nesse "recado" do corona.    Haverá sobreviventes, obviamente, e que mundo ficará pra eles?    Que ambiente de vida poderemos deixar aos filhos, netos, parentes e amigos queridos?

Teremos um mundo mais "humano"?     Teremos menos ódio nos corações?    Haverá maior solidariedade entre os povos e seus governantes?     Ajudaremos uns aos outros sempre que necessário?   Compreenderemos as falhas dos semelhantes, assim como também as temos?

Parece algo repetitivo e com um tom religioso, mas só o AMOR ao próximo irá nos salvar e salvar a convivência planetária.

Amor, perdão, compreensão, juntar as mãos, fazer da vida um ambiente saudável em todos os sentidos, acarinhar a Natureza, os animais, são os remédios de que dispomos e deles não podemos abrir mão, caso queiramos realmente HARMONIA e PAZ.

Prevenção às doenças, remédios, vacinas, tudo é super importante, mas os sentimentos acima relacionados são de graça e só devemos colocá-los em prática.      Nenhum centavo precisaremos tirar do bolso para adquiri-los.

Amigos e amigas, o recado desse novo vírus vai muito mais além das teorias de conspiração que queiramos levantar.     A mensagem é profunda, dolorida, castiga nossos sentimentos, mas é também um efeito de tudo o que causamos no cotidiano.    Quem semeia.....

E aos que acham infrutífero orar, se ligar nos irmãos do Alto, diante de tudo o que está ocorrendo, é bom saber do quanto "eles" vem combatendo as forças do Mal.     Eles querem as nossas vibrações mentais para engrossar o exército do Bem.    A guerra, invisível a nós, e um pouco acima das nossas cabeças está intensa e precisamos vence-la.     Falta pouco para a vitória.




 

segunda-feira, 1 de março de 2021

FORA DO AR.

Como temos uma profissão em que há muita exposição, visibilidade - pela abrangência do veículo/televisão - vira e mexe a gente posta por aqui como está a situação dos narradores acima de 60 anos da empresa onde trabalho.

Continuamos afastados das transmissões esportivas.   Apenas há participações via internet de programas da grade da emissora.    Nenhum de nós tem ido às redações por recomendação da empresa que segue preservando os profissionais dessa faixa etária, ou seja, do grupo de risco.

Nós, acima dos 60, só voltaremos a frequentar os prédios da televisão depois da vacina tomada.

Pessoas perguntam por quê não fazemos as narrações de casa?    Acontece que o departamento de engenharia técnica recomenda não arriscar pois as conexões via internet ainda não são totalmente confiáveis e poderiam comprometer a qualidade de áudio das jornadas.

Se as conexões fossem sustentáveis tenho certeza que já estaríamos engajados nas transmissões.

Galvão, Milton e eu continuamos aguardando os imunizantes.

Tão logo a gente seja vacinado retornaremos ao trabalho, portanto.

Agradecemos pela preocupação e pelo carinho das pessoas que sempre nos cobram pelas redes sociais.