Quando me perguntam sobre qual time eu TORÇO faço questão de expor minha posição sobre uma diferença que julgo vital.
Vejo que temos TORCEDOR e SIMPATIZANTE.
Defino como torcedor aquele que vive cada minuto do dia o seu clube do coração, acompanhando noticiário, discutindo com amigos e colegas, fazendo contagem regressiva para os jogos e por aí vai.
Além de SOFRER com os tropeços do seu clube, é claro.
Digo do sofrimento forte, daquele que faz chorar, trancar a porta e não querer papo com ninguém e etc.
Esse qualifico como um TORCEDOR.
Já o simpatizante não sofre, não dá prioridade a algum clube nas 24 horas do dia.
Ele acompanha, desgosta é claro dos resultados negativos, se compraz nas vitórias e fica nisso.
O simpatizante não esperneia, não bate portas, não perde amizades, não sofre.
Alguém poderá perguntar se essa dicotomia é possível num esporte tão envolvente como é o futebol?
Digo que sim.
Tenho amigos que vivem tais situações.
Eu mesmo vivo essa situação.
Confesso que já fui mais TORCEDOR, já me envolvi muito mais do que atualmente, o tempo vai dando prioridades para cuidarmos em detrimento do futebol.
A simpatia por alguma agremiação prossegue pois ela não afeta sentimentos e nem altera rotina, é apenas uma identificação suave com a agremiação X ou Y.
Simpatizar-se com um clube não é prioridade na vida pessoal.
Ressalto entretanto que não tenho repulsa alguma por quem é TORCEDOR apaixonado e que sofre nas derrotas, pois é uma escolha, é um sentimento.
Só não acho muito racional e saudável.
Mas nem sempre se controla as emoções, portanto é inevitável uma mudança muitas vezes.
O simpatizante leva numa boa, na leveza do esporte e contingências.
E tudo isso é apenas uma posição minha, toda pessoal, sem qualquer intenção de levantar tese ou provocar alterações no comportamento de ninguém, até porque nem tenho esse poder e muito menos pretensão.
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