segunda-feira, 3 de agosto de 2020

DEBATES, RESENHAS...

Aprendi que respeitar o que o outro gosta é fundamental.
Discordar é saudável.
Discutir com ética e elegância é bonito.
Não pretender mudar a posição do outro é ser simples, humilde.

No futebol, então, isso parece ser totalmente impossível.
Não só no futebol, mas também em política, religião e etc.

Lá atrás no tempo eu apreciava discussões de futebol pelo rádio e também pela televisão, mas sempre me senti mal quando a resenha passava dos limites do respeito.

Mas compreendo que como o futebol é paixão, radicalismo, as ranhuras nos debates é fator muito presente.

Com o passar do tempo vamos mudando e nos dias de hoje confesso não ter mais paciência suficiente para acompanhar "calorosos" debates em qualquer veículo de comunicação.

Respeito a todos os colegas que trabalham nisso, evidentemente, mas não me atrai.
Não me prende a atenção.
Claro que milhões de brasileiros adoram os debates, é só ver os índices de audiência sempre em alta.   E muitos colegas também gostam de participar nesses padrões.

Escrevo sobre esse tema porque vez em quando alguém me indaga questionando a razão da minha ausência nesses programas.
Já participei e muito ao longo da minha carreira, é claro.
Mas dentro do meu estilo e comportamento pessoal/profissional sempre fui manso nas resenhas e evitei debates profundos, portanto meu modelo não se encaixaria no que rádio e televisão hoje pedem.
E exatamente por respeitar a visão dos colegas é que evito debates, pois se cada um tem uma opinião quem sou para contesta-la ou afronta-la?

E diante disso até agradeço aos meus diretores por me pouparem dessas escalas.
E é simples de entender:  não sirvo aos padrões atuais de editoria e também não é algo que gosto de fazer.

Por isso é que vem o antigo lema:  cada um na sua.

Meu negócio é fazer transmissões com cabeça, tronco e membros.
Abertura, narração dos jogos e depois o encerramento arrematando a produção.

Repito, escrevo esse post sobre o assunto em vista de sempre as pessoas me indagarem quanto à minha ausência em programas de debates.   Só por isso.

Não sou um bom debatedor e portanto nada mais coerente que não seja escalado para tal.







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