Quanta gente se reciclando, revendo posições e conceitos nessa pandemia. Uns premidos pela necessidade - muitos, por sinal - e outros em boas condições de MUDAR, arriscar novos desafios.
No meio jornalístico e de entretenimento na minha área, da comunicação, muitos colegas estão tomando decisões conscientes e que impactam a opinião pública.
Outro dia foi Fausto Silva que avisou vai deixar a Globo em dezembro quando terminar seu contrato, depois de 32 anos na casa.
Agora o super competente Tino Marcos também bate o martelo e confirma o que havia sinalizado para a emissora dois anos antes, ou seja, vai parar com as reportagens do futebol.
Outros casos ainda virão. Da mesma forma muitas televisões fazem mudanças, adequações, em vista de tudo o que está se projetando para o planeta e os negócios.
E quanta coisa está mudando.
Aos mais pacientes as mudanças incomodam, intrigam, assustam, mas elas são necessárias para enfrentar o "Mundo Novo" que está vindo.
Raríssimas são as empresas atuais, seja nesse ou naquele ramo, que vivem momentos confortáveis na área economico/financeira. E dizem os especialistas que "ai" daquelas que não se modernizarem aos novos e difíceis tempos. E inúmeras tiveram que fechar as portas e desempregar muita gente, lamentavelmente.
O impacto da pandemia e de tantas perdas, humanas e sociais, sacudiu a Terra. Triste e trágico por um lado, mas de esperança com mais justiça e humanismo.
Mas voltando a Fausto e Tino, dois colegas, ao mesmo tempo que devemos entender e aceitar suas decisões pessoais, fica a pontinha de saudade antecipada do trabalho deles. Com todas as críticas e rejeições que façam - e isso faz parte da vida - impossível deixar de reconhecer os valores dos dois.
Convivi com Faustão desde os tempos de rádio, ele repórter e eu narrador, viajando pelo Brasil durante anos. Gigante de alma como seu corpo físico. Em tempos onde ele formava no time dos assalariados e sempre mal pagos, jamais negou ajudar amigos e colegas em dificuldade.
E depois com sua ascensão profissional seguiu fazendo favores e caridades, e sem alardes. A generosidade dele e o respeito pelos profissionais menos favorecidos financeiramente, fizeram com que ele sempre estendesse a mão, como faz até os dias de hoje.
Quanto ao Tino somos contemporâneos, eu mais velho que ele, porém nas jornadas o respeito mútuo imperou fortemente. Sua competência no trabalho é indiscutível e ficará marcada na história da televisão. Simples, modesto, amigo, sempre esteve aberto a convites de estagiários de jornalismo para palestras e nos estádios e concentrações dividiu informações com os colegas de outros prefixos. Sua aura é contagiante. Irradia luz, paz e serenidade.
Em resumo, tudo está mudando e que seja para melhor em nosso convivio.
Precisamos de um mundo mais suave, mais leve, mais harmonioso. E que a pandemia esteja sendo um agente dessa tão aguardada e sonhada mudança.
Depende de nós. De todos nós.
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