O canal Sportv vai exibir nesta terça-feira a estréia da Seleção Brasileira na Copa da Espanha 82.
Foi no dia 14 de junho daquele ano em Sevilha diante da então União Soviética.
O adversário mais difícil do grupo brasileiro, que tinha também Escócia e Nova Zelandia.
Um dia antes, ou seja, em 13 de junho, eu estava em Montreal com o amigo Edgar Mello Filho transmitindo o GP do Canadá no circuito de Notre Dame pela rádio Bandeirantes/SP.
Depois dessa transmissão eu viajaria para Madri onde começaria a cobertura da Copa.
Eu estava no aeroporto exatamente no momento em que o Brasil estreava no Mundial.
Havia combinado com um amigo de retaguarda da Band que ligaria à cobrar para saber como andavam as coisas em Sevilha com a nossa Seleção.
Liguei duas vezes no primeiro tempo.
Mas chegou a hora de embarcar e aí foram horas e horas voando sem saber como estava a partida na Espanha.
Uma angústia muito grande, confesso.
Me lembro dessa passagem pois naquela época eu me envolvia mais com as peripécias da seleção brasileira e também porque aquele time vinha brilhando por onde passava.
Quando o time de Telê Santana embarcou para a Copa o entusiasmo da torcida brasileira no aeroporto foi notável e histórico.
Havia muito tempo que um selecionado nacional de futebol não deixava o País com tanta credibilidade.
Mas chegando na capital espanhola é claro que fiquei feliz e aliviado com a informação dada pelo amigo e saudoso Osvaldo dos Santos de que o Brasil havia derrotado os soviéticos por 2 a 1.
Foi a minha segunda Copa do Mundo na carreira.
Perdemos para Paolo Rossi naquelas circunstâncias já conhecidas, mas a seleção deu um show de bola, encantou a todos que acompanharam aquele Mundial.
Fosse um time retranqueiro e talvez tivesse eliminado os italianos, mas a arte de todos em campo não permitiu que a bola fosse mau tratada.
Uma seleção que não foi campeã, mas que fez a bola sorrir em todos os instantes.
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