quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O TREINADOR CAIU.

E os treinadores continuam caindo.

Não tem jeito, vivemos no futebol exclusivamente de RESULTADOS.    Ganhou o cara é gênio, não ganhou o cara é defenestrado imediatamente.

Todos chegam falando em "projeto" e assinando vultosos contratos pois os dirigentes seguem agindo sem nenhuma responsabilidade fiscal,  estipulam multas altíssimas - e já de olho nelas, evidentemente - e assim vamos seguindo na rotina pobre da bola.

As torcidas organizadas(?) seguem agindo oportunisticamente e agendando reuniões(?) com jogadores e treinadores de seus clubes, na maioria das vezes no sentido político e menos na paixão pelo time, e nada muda.

O futebol ainda sobrevive graças à sua essência, que é fascinante, mas com pouquíssimos casos de agremiações trabalhando com organização, equilibrio, serenidade e pés no chão.

Os discursos de modo geral são sempre os mesmos, pouco criativos, e muito convenientes com o que ocorre à volta.

Ainda temos aquela coisa de "futebol é diferente, é um caso à parte" e que pode fugir ao bom senso e aos bons costumes sociais.     Errado.     Futebol, em sendo profissional, precisa ter normas compatíveis com a sua responsabilidade social e empresarial.   Não há mais lugar para amadores dirigindo os clubes e nessa tecla muitos vem batendo faz tempo.

Assim como a criminalidade e a corrupção no País, fatos tão comuns e corriqueiros, também no futebol corremos o risco de banalizar tudo isso.    Dar de ombros como se fossem normais tais ocorrências.

E os que se manifestam, se rebelam, muitas vezes recebem críticas e ameaças, tamanha a força que o MAL tem em quase todas as áreas.    Está muito complicado, Brasil.

Conheço treinador de futebol que até hoje, passados vários anos, ainda recebe pagamentos referentes à multa rescisória - o que lhe é de direito, obviamente - enquanto o clube envolvido está mergulhado totalmente nas dívidas.    E os dirigentes que agiram irresponsavelmente, alguns já morreram e outros já estão em outras atividades.

Ninguém é responsável por nada, a não ser a associação clubística, é claro, que ficou com o grande abacaxi nas mãos.

Uma pena, pois esse esporte é apaixonante, envolvente, tem raizes fortes em nossa cultura, e não merece tudo o que está acontecendo ( e já faz tempo ).



Nenhum comentário:

Postar um comentário