terça-feira, 27 de outubro de 2020

AS SAPATADAS DE UM TRICAMPEÃO

Já contei esse acontecimento mas foi tão marcante que volto a escreve-lo.

Chegamos a Tandil, interior da Argentina, 1996, pré-olímpico de futebol

Na nossa equipe da Band estava o tricampeão do mundo, Tostão.

Tandil, cidade pequena, poucos hotéis, e no que estava destinado à nossa equipe mal cabíamos dentro dos quartos.   Ou entrava a gente ou as malas.

Vexatório, portanto, principalmente pelo fato de termos um campeão do mundo junto.

Reviramos a cidade e o único com disponibilidade também era modesto, pequeno, mas ao menos com quartos um pouco maiores.    Lá fomos nós, então, um pouco mais para o centro da cidade.

Nosso hotel, porém, tinha um inconveniente: os pernilongos.     Parecia que o "ninho" dos ditos cujos se concentrava no local.     Nunca vi tantos.

Na hora de dormir primeiro havia a batalha de exterminação dos danados ( ou uma tentativa de acabar com eles ).     Na recepção haviam acabado os recursos para combate-los, evidentemente, porque todos os hóspedes queriam os repelentes inseticidas e etc.

Então não nos restava outra opção a não ser abate-los com nossos pertences.   Os sapatos e chinelos eram as armas mais eficientes.    Eu e Tostão dividíamos o quarto e chegamos à conclusão que nem em Minas Gerais e nem em Americana, nossas cidades, havia tantos pernilongos.    Nunca tínhamos visto tal cenário.

Não é preciso dizer que durante 15 dias aproximadamente as paredes do quarto estavam todas marcadas pelos nossos pisantes.     E nem precisa dizer que na hora do checkout o gerente quis cobrar a pintura das paredes.  

Travamos um severo diálogo com a gerência e evitamos a cobrança, evidentemente.

Um colega da equipe até brincou com o cidadão dizendo que ele jamais deveria mandar pintar aquela parede, pois alí estavam as "sapatadas marcantes" de um tricampeão do mundo:  TOSTÃO.




 

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