O pânico que ainda estamos vivendo com o vírus em circulação eu vivi em 1986 na então Tchecoslováquia quando lá estávamos para cobrir o Mundial feminino de vôlei pela Band.
Tomando o café da manhã, eu e Álvaro José ficamos sabendo do que havia acontecido em Chernobyl, um acidente nuclear de grandes proporções e há cerca de 1.500 km de onde estávamos, em Praga.
Ficamos todos em estado de alerta e recebendo muitas orientações sobre como se comportar, os cuidados a tomar, quais alimentos ingerir.
Uma das proibições eram as frutas, verduras. Vimos no hotel algumas pessoas utilizando máscaras.
A radioatividade poderia estar no ar e contaminar a todos, como provocou muitas mortes na Europa e canceres, além de 31 vítimas fatais no momento do ocorrido.
A seleção feminina também hospedada no nosso hotel teve que mudar o regime de alimentação e eliminar vários ítens do cardápio.
Com as dificuldades de saber o que ocorria - se fosse hoje as informações estariam na palma das mãos - ficávamos sabendo pela retaguarda da emissora através dos amigos e colegas da Band.
O amigo Luiz Fernando Lima, então repórter da Globo e que estava trabalhando na cobertura, também nos deixava a par das notícias.
Foram muitos dias tensos mas que nos obrigaram a perder alguns quilos pois nem tudo era recomendado comer, além do aspecto emocional evidentemente.
Fizemos o mundial feminino nas cidades interioranas de Berno e Ostrawa.
1986. Há 34 anos.
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