Sexta-feira agora, dia 15, estarei em Bragança Paulista para a transmissão de um jogo da série B pelo Sportv e Premiére.
E foi num 15 de Novembro dos anos 90 que fui à Bragança para trabalhar pela Bandeirantes e quase perdi a vida.
Chegando ao Marcelo Stéfani, era esse o nome do estádio na época, fui ao encontro de amigos no calçadão em frente ao portão de entrada.
Alí estavam alguns torcedores, mais Oliveira Andrade, Juca Kfoury, Adilson Perrone, numa resenha descontraída e à qual me juntei.
Poucos minutos depois da minha chegada ouvi do amigo Perrone um grito: "cuidado!!!" e juntamente um empurrão forte por parte dele.
Alguns segundos e me vi caído e de joelhos na calçada.
Senti que algo havia acertado minha cabeça e passando a mão constatei sangue nela.
Pessoal me ajudou a levantar e todos atônitos, assim como eu é claro, querendo saber como estava e o que tinha acontecido?
Ao meu lado um caibro grosso no chão e foi ele que acertou minha cabeça, caindo lá do último andar do estádio e no setor onde ficavam as cabines de rádio e TV.
Alguém inspecionando esse caibro ainda disse que no meio dele havia um super prego, o que apavorou a todos pois se tivesse me atingido o estrago poderia ser imenso.
Me levaram para o hospital da cidade.
Eu me sentia bem, mas é claro sob o impacto do ocorrido.
Emocionalmente instável, diria.
O médico fez os exames e disse que eu precisaria ficar "em observação".
Aquilo me apavorou pois eu tinha que narrar o jogo de qualquer maneira.
A Band não tinha locutor no estúdio para essas eventualidades.
Ele insistiu mas sugeri que eu assinasse um termo assumindo todos os riscos de ir embora para o trabalho, isentando-o de toda e qualquer responsabilidade.
E lá fui eu de volta ao estádio.
Cabeça enfaixada, meio zonzo, mas VIVO.
Juarez Soares, querido e saudoso China, era o comentarista.
Me deu todo o apoio e carinho.
Mas durante todo o tempo tive que ouvir comentários de pessoas que narravam histórias de parentes e conhecidos que tinham levado pancada na cabeça e morrido horas depois.
Foram maus bocados vividos naquele 15 de novembro.
O ano não me lembro, mas década de 90.
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