A vida é cheia de dilemas. Grandes desafios. Obstáculos. Além, é claro, de bons momentos e de relances de felicidade.
O grande dilema que sinto nesse momento entre nós pobres mortais é: acreditar na classe política ou na ciência médica?
Se for pelo histórico delas é evidente que devemos ficar com a Ciência Médica, que tanto evoluiu ao longo de décadas. Sem comparações, é claro.
A classe política só nos decepcionou e continua a nos decepcionar. Tanta gente já passou por ela e pouquíssima coisa melhorou para o povo, este que deveria ser o foco principal de nossos legisladores e executivos. Concluímos, tristemente, que os políticos só se lembram de nós em ano de eleições quando ficam de olho no nosso voto.
A questão da pandemia, dos remédios e da vacina, é abordada hoje pelos homens públicos como se eles fossem doutores na área médica. Palpitam, insinuam tendências, regem comportamentos, receitam medicamentos, discursam como se estivessem num palanque, e desafiam a Ciência que tanto estuda e pesquisa.
Profundamente lamentável o histórico da classe política brasileira. É muito bla bla bla e quase nada de ações sociais e de união suprapartidária nas crises. É ódio imperando nas campanhas, diz que diz, mentiras, ataques pessoais, arrogância, em suma, um festival de bizarrices e de enganação.
Ainda me espanto quando constato pessoas idolatrando políticos. Haja psicologia para explicar tal comportamento. Somos contundentemente triturados por eles em todas as áreas e ainda queremos carrega-los no colo, endeusando com as abomináveis selfies, aperto de mãos e beijinhos.
Já disseram que toda idolatria é doentia. Ela cega, bloqueia as mentes, mexe com o mais baixo instinto das pessoas e as reduz a nível raso de inteligência e a discernimento zero.
Querer negar a ciência médica é como estar doente e se negar a seguir as orientações técnicas e a tomar os remédios.
Claro que cada um tem seu livre arbítrio, seu direito de escolha, e sempre deve ser respeitado, mas há momentos graves - como esse que estamos vivendo - que o prevalecimento do bom senso deveria ser prioridade. Salvar vidas, ou procurar salvar, é dever básico nosso.
Quando a gente constata que em meio a uma pandemia histórica políticos duelam por protagonismo como se fosse uma competição esportiva, ao invés de se juntarem e formarem bloco forte no combate a ela, mais nos convencemos da irresponsabilidade de todos eles.
Irresponsabilidade, frieza, individualismo, insensibilidade. Despreparo. Por sinal, marca registrada deles.
O Brasil sempre foi vítima da "má política". Política existe e é necessária em qualquer atividade, mas a "má política" é uma doença grave, arrasadora, sempre condenável. E a cada eleição e à cada nova safra de políticos que chegam às assembleias e cargos executivos, desanimamos fortemente. Pouco ou quase nada muda.
Sem perder a esperança, obviamente. Mas conheço muita gente que já jogou a toalha e abandonou as urnas, cansada, decepcionada com tudo o que viu em décadas e décadas. E não tiro a razão dos que "aposentaram" o voto. Há limites em cada um de nós, não é?
Pedem tanto para que votemos "conscientemente" e isso me parece temos feito, porém quem elegemos não tem a mínima intenção de ser CONSCIENTE, responsável, ético, comprometido. É o que temos visto há muito tempo, infelizmente. Nosso País não tem saído do lugar.
Ah mas temos as exceções, alguns poderiam estar dizendo agora, sim devemos ter. Porém a análise tem de ser feita pelo TODO, por tudo o que temos visto desde antanho.
Há crimes e crimes que os homens de paletó e gravata, mais os penduricalhos, cometem, mas sonegar união e solidariedade mesmo com os antagonistas políticos em momentos de caos sanitário é CRIME com C maiúsculo.
O "bichinho" da política é também um vírus. E ele encontra terreno farto para contaminar. É muito invasivo. E ainda não temos uma vacina para combater esse "bichinho" que tanto gruda nas vísceras dos políticos brasileiros. Esse vírus a Ciência Médica não tem como enfrentar, lamentavelmente.
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