segunda-feira, 30 de novembro de 2020

FÃ e IDOLO

Não é fácil ser idolo, mas no fundo todos querem.    E muitos depois se arrependem pois se perderam pelos caminhos da vida.    E há os que não se arrependem, é claro.

O assédio, a idolatria, são pressões que atormentam, descontrolam, afinal somos todos seres frágeis e quebráveis intimamente.

Raríssimos aqueles que conseguiram ou conseguem dominar a idolatria recebida.   E os que idolatram, da mesma forma.     Acabam perdendo até a identidade pessoal, ficam irreconhecíveis aos olhos mais próximos.

A idolatria é quase sempre sufocante e inebria o alvo deixando-o com os pés fora do chão.   

Assim como na vida social simples e corriqueira do nosso dia a dia o "álcool" se fixa como uma muleta, nos grandes personagens - seja de qualquer atividade -  ele se potencializa.

Quantas personalidades poderíamos relacionar que se perderam pelos caminhos das drogas - lícitas e ilícitas - ao longo de décadas.        Dezenas e dezenas.      Centenas.      

A idolatria é um desafio gigante para qualquer cabeça.     Os idolatrados que conseguem se segurar fazem parte de uma minoria e certamente em algum momento estiveram à beira do abismo.     É muito tentador e acaba conduzindo a patamares muito elevados de valores.   

Não há como interromper essa cultura, evidentemente, sempre haverá fãs e idolos, até porque muitas vezes o exemplo limpo pode contribuir positivamente para organizar cabeças, mas é um tema deveras complicado e melindroso.

Missão quase impossível é conseguir "desidolatrar" alguém.      Convencer alguém de que aquela pessoa que faz sucesso é um ente igual nas dificuldades do cotidiano e etc., é quase perda de tempo.     Psicólogos e afins conseguem bons resultados, mas essa questão nem sempre é levada para os consultórios especializados.

Idolatra-se, canoniza-se, assedia-se, na maioria das vezes sem qualquer limite.   Sem respeito às fragilidades emocionais do idolatrado.     Mas quem pensa nisso?

Sabemos que o povo "precisa" de idolos.    Há grandes estudos sobre isso.    O que se sonha é uma idolatria ponderada, inteligente, saudável e que não destrua a vida de ninguém emocionalmente.

Não é proibido admirar alguém, seja de qualquer área e setor, e nem precisa ser famoso, mas pensar e raciocinar com equilibrio e sensatez nessa "idolatria" contribuiria demais para minimizar mentes que se perdem.   Dá para fã e idolo conviverem numa boa, sem excessos e imaginações cinematográficas.   

Termino dizendo que essas minhas reflexões não tem o teor de condenar ninguém.    Nem fãs, nem os idolos.     Tudo é permitido desde que haja controle, limites, discernimento, inteligência emocional.     RESPEITO, acima de tudo.      




2020 / 2021

2020, um ano tão diferente e tão tumultuado por causa da pandemia, está chegando ao seu final.

Há quem diga que muda apenas o calendário, iremos para 2021 e os desafios continuarão pois a vida é um eterno aprendizado para quem realmente quer aprender. pois esse é um dos mais fortes sentidos da VIDA.

Viemos ao mundo para aprender, isso está mais que claro a quem quer enxergar além da matéria.

Insistimos em olhar apenas para o que conseguimos apalpar e nesse sentido acabamos desanimando, entristecendo e jogando a toalha.        É claro que isso não serve para todos porque felizmente há pessoas vivendo entre nós num eterno "cair e levantar, mas sempre sacudindo a poeira e dando a volta por cima".      Assim é que se vive.   

Se formos frios nas análises constataremos que o mundo só está conturbado, esquisito, por nossa exclusiva conta, afinal quem habita o planeta?     Quem cria os problemas?     Quem dificulta um viver sereno, tranquilo, de harmonia e paz?

Os desafiadores das crenças bradam tipo:  "Ué, cadê esse Deus que não vem resolver seus problemas e aflições?"        A maior prova de que Ele ajuda é o fato de nos dar inteligência, energia e as ferramentas para enfrentar.    Além de termos plena liberdade para decidir nossos caminhos.  Queremos autonomia e poder somente nas horas fáceis?      

Se criamos os conflitos e depois queremos que uma divindade venha resolver, convenhamos que é muita comodidade e cara de pau de nossa parte.

Quem cria os problemas é que tem de resolve-los, oras.   A vida sempre foi assim.     Pedimos ajuda, as vezes recebemos, porém o ônus é exclusivamente nosso.

Se estudarmos, se formos a fundo, veremos que TUDO o que ocorre é de nossa conta no quesito "causar".      Tudo.      Problemas pessoais e do planeta em que estamos.    

Sem falar de quando temos alegria, felicidade, realizações pessoais e profissionais, e nessas horas nem nos lembramos de AGRADECER.     Temos os méritos, é óbvio, mas o Universo contribuiu e isso é importante saber.    Ninguém faz sucesso sozinho.     Ninguém comemora solitariamente.

Enfim, nossa existência - ainda cheia de enigmas - precisa ser mais bem compreendida por nós.  O importante é não culpar nada e a ninguém, além de não se autoflagelar, mas sim estufar o peito e encarar, seja qual for o obstáculo.

E quando acontecer com a gente, nada de perguntar "por que comigo?.    Você poderá ser questionado da seguinte forma: "por que não com você?.    

E o "merecer" é algo tão profundo que melhor é nem tocar no assunto.     







 

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

MARADONA

Assim como não quero que avaliem minha vida particular, nunca entro no aspecto pessoal de outrem.     Na minha profissão as vezes temos que avaliar o desempenho técnico de jogadores e treinadores, porém sem jamais tocar no que eles fazem fora de campo.

Primeiro porque não me julgo com autoridade moral para meter o bedelho pois tenho tenho mil e duzentos defeitos, e depois,  que julgar e condenar alguém é algo muito forte e onde poderemos incorrer em injustiça e desonestidade.   Não temos competência para tal e nem o direito, assim entendo.

Sempre procuro respeitar o que as pessoas são, e procuro entende-las em suas falhas e deslizes.

Apontar o dedo nunca é da nossa conta, na verdade.     Devemos orientar e corrigir rotas dos nossos entes mais chegados, desde que eles aceitem, porque é nossa obrigação educa-los e prepara-los para a dura vida que os espera.

No caso de Maradona, da mesma forma fico indignado com os comentários duros e cheios de autoridade e arrogância sobre o que ele fez da sua vida.     É claro que entendo serem os idolos sempre os mais visados e cobrados, isso é natural, mas precisamos exercitar o nosso comportamento de nunca julgar, e condenar.     Fechar a boca.

Cada um tem seus problemas e cabe a cada um procurar resolve-los.     Quem está de fora acha que tem todas as soluções e que faria tudo certo no lugar do envolvido.    É a comodidade de dar palpites, de estar distante das questões e simplesmente palpitar.

Devemos ter compaixão dos que erram, assim como gostamos da compaixão das pessoas para com os nossos erros.      E que são muitos ao longo do tempo.

Deixo claro que também não julgo quem assim procede, ou seja, quem abre a boca e tem todas as soluções para a vida do outro, mas o mundo seria mais leve e dócil se cuidássemos do nosso umbigo, que por sinal está sempre sujinho e precisando de banho.

Maradona foi o grande jogador, o craque.    Encantou com a bola nos pés.    Mas "esteve" humano e portanto frágil e suscetível de erros.

Assim como todos nós estamos enquanto não formos "chamados".     


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O VIRUS DA POLÍTICA. PODEROSO!

 A vida é cheia de dilemas.   Grandes desafios.   Obstáculos.  Além, é claro, de bons momentos e de relances de felicidade.

O grande dilema que sinto nesse momento entre nós pobres mortais é:  acreditar na classe política ou na ciência médica?

Se for pelo histórico delas é evidente que devemos ficar com a Ciência Médica, que tanto evoluiu ao longo de décadas.  Sem comparações, é claro.    

A classe política só nos decepcionou e continua a nos decepcionar.    Tanta gente já passou por ela e pouquíssima coisa melhorou para o povo, este que deveria ser o foco principal de nossos legisladores e executivos.     Concluímos, tristemente, que os políticos só se lembram de nós em ano de eleições quando ficam de olho no nosso voto.

A questão da pandemia, dos remédios e da vacina, é abordada hoje pelos homens públicos como se eles fossem doutores na área médica.    Palpitam, insinuam tendências, regem comportamentos, receitam medicamentos, discursam como se estivessem num palanque, e desafiam a Ciência que tanto estuda e pesquisa.     

Profundamente lamentável o histórico da classe política brasileira.    É muito bla bla bla e quase nada de ações sociais e de união suprapartidária nas crises.    É ódio imperando nas campanhas, diz que diz, mentiras, ataques pessoais, arrogância, em suma, um festival de bizarrices e de enganação.

Ainda me espanto quando constato pessoas idolatrando políticos.    Haja psicologia para explicar tal comportamento.    Somos contundentemente triturados por eles em todas as áreas e ainda queremos carrega-los no colo, endeusando com as abomináveis selfies, aperto de mãos e beijinhos.     

Já disseram que toda idolatria é doentia.     Ela cega, bloqueia as mentes, mexe com o mais baixo instinto das pessoas e as reduz a nível raso de inteligência e a discernimento zero.   

Querer negar a ciência médica é como estar doente e se negar a seguir as orientações técnicas e a tomar os remédios.     

Claro que cada um tem seu livre arbítrio, seu direito de escolha, e sempre deve ser respeitado, mas há momentos graves - como esse que estamos vivendo - que o prevalecimento do bom senso deveria ser prioridade.      Salvar vidas, ou procurar salvar, é dever básico nosso.

Quando a gente constata que em meio a uma pandemia histórica políticos duelam por protagonismo como se fosse uma competição esportiva, ao invés de se juntarem e formarem bloco forte no combate a ela, mais nos  convencemos  da irresponsabilidade de todos eles.

Irresponsabilidade, frieza, individualismo, insensibilidade.  Despreparo.   Por sinal, marca registrada deles.

O Brasil sempre foi vítima da "má política".    Política existe e é necessária em qualquer atividade, mas a "má política" é uma doença grave, arrasadora, sempre condenável.    E a cada eleição e à cada nova safra de políticos que chegam às assembleias e cargos executivos, desanimamos fortemente.    Pouco ou quase nada muda.     

Sem perder a esperança, obviamente.    Mas conheço muita gente que já jogou a toalha e abandonou as urnas, cansada, decepcionada com tudo o que viu em décadas e décadas.   E não tiro a razão dos que "aposentaram" o voto.    Há limites em cada um de nós, não é?

Pedem tanto para que votemos "conscientemente" e isso me parece temos feito, porém quem elegemos não tem a mínima intenção de ser CONSCIENTE, responsável, ético, comprometido.   É o que temos visto há muito tempo, infelizmente.      Nosso País não tem saído do lugar.

Ah mas temos as exceções, alguns poderiam estar dizendo agora, sim devemos ter.    Porém a análise tem de ser feita pelo TODO, por tudo o que temos visto desde antanho.     

Há crimes e crimes que os homens de paletó e gravata, mais os penduricalhos, cometem, mas sonegar união e solidariedade mesmo com os antagonistas políticos em momentos de caos sanitário é CRIME com C maiúsculo.     

O "bichinho" da política é também um vírus.   E ele encontra terreno farto para contaminar.  É muito invasivo.    E ainda não temos uma vacina para combater esse "bichinho" que tanto gruda nas vísceras dos políticos brasileiros.       Esse vírus a Ciência Médica não tem como enfrentar, lamentavelmente.    







segunda-feira, 16 de novembro de 2020

FORA DO AR

 A empresa em que trabalho segue preservando os funcionários acima de 60 anos, de todas as áreas, mantendo-os em casa e esperando o momento certo para que retornem às atividades "in loco".

Os que podem atuar via internet de suas casas já o fazem há meses, portanto sem prejuizo da continuidade dos serviços.    Galvão, Milton Leite e eu, narradores da casa, seguimos sem participar das transmissões e aguardando a liberação da empresa.

Ressalto toda a atenção que temos recebido dela, assim como todos os demais colegas de outras áreas, no sentido de estar alerta para qualquer eventualidade de auxilio e apoio.

Embora a questão já venha sendo divulgada desde o inicio da pandemia, achei oportuno e interessante fazer esse post e mais uma vez reforçar a razão de nossas ausências nas jornadas.

Quando voltaremos?  É impossível dizer pois tudo dependerá do andamento da pandemia e quando a empresa entender que seja seguro isso acontecer.    Ou quando tivermos a vacina, evidentemente.

Agradeço a todos aqueles que sempre vem perguntando e abordando esse assunto.   


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

FINADOS. A MORTE?

Finados, dia de memorizar com saudade e amor aqueles entes queridos que nos deixaram.

Cada um com suas crenças e convicções religiosas faz sua mentalização e se conecta com quem partiu.

É sempre um duro golpe a perda de alguém que convivemos, gostamos, amamos, admiramos.  Por mais que exercitemos o encarar da realidade mais palpável de nossa existência, quando acontece o coração chora e se contrai.   

Minha primeira perda de um ente querido foi em 1958, exatamente no dia de finados, de meu avô paterno, seu Antonio.    Eu com meus quase 10 anos de idade vi toda aquela movimentação no sitio onde morávamos - de propriedade dele - e me impressionei bastante.

Meio sem entender absolutamente nada do que estava ocorrendo tenho lembrança que meus pais me levaram para a casa de uns tios, como querendo me poupar daquele clima fúnebre que ventilava no local.      Morávamos praticamente todos juntos no local e a convivência era muito próxima.

Com meu avô percorria toda a propriedade durante o dia querendo ajuda-lo nos afazeres rurais e me sentia importante quando ele elogiava algo que eu fazia.   

E é claro que depois ao longo da minha vida tive outras perdas muito dolorosas, como meus pais e dois irmãos, além de membros da familia muito queridos.

Há mortes e mortes.    As que são até previsíveis(?) em razão de doenças avançadas e de pessoas muito idosas e aquelas que chamamos de "prematuras", de pessoas que no nosso entender eram muito novas para a partida.   

Nossas conclusões, verdadeiramente, não têm a menor importância, pois somos pequenos para o entendimento.   Apenas que buscamos justificativas e tudo de acordo com o que "achamos" que é o correto.

Prefiro entender que o Universo ( Deus, ou como queiram chamar ) é infinitamente superior à nossa inteligência e que em assim sendo nada de injusto faria conosco.

Viemos a esse planeta com a permissão Deles e sairemos daqui da mesma forma.     E ninguém será esquecido ou abandonado quando se livrar da matéria, do físico, da carne.    Nossa essência é inteligente, é  imortal, portanto não perece como a matéria, segue viagem pelo Universo.

A consciência jamais morre.    Levamos junto, aliás, é ela que nos conduz na viagem pós-física.

E essas ponderações, reflexões, independem de qualquer segmento religioso.   Está acima de conceitos da religião, que por sinal foi criada pelo Homem e que é altamente importante para as pessoas.

Morre o corpo físico, que serviu de instrumento para a nossa missão aqui, e conexo com as condições do Planeta Terra.    Nada morre, tudo se transforma.    Mudamos de dimensão, de vibração, quando deixamos a perecível matéria e que por sinal se decompõe rapidamente.

Portanto, nesse dia de homenagens aos que se foram, é confortante e importante pensar que NINGUÉM MORRE, a Natureza não mata, apenas cumprimos etapas.    E as etapas são intermináveis na caminhada cósmica.     

E que Deus, nas mais diversas religiões, faria nascer pra depois MATAR?      A inteligência e a superioridade dos deuses são inimagináveis à nossa compreensão.     Sejamos humildes em nossa ignorância para reconhecer que não há castigo do Universo a ninguém, nenhuma injustiça a quem deixa de habitar esse ainda pequeno planeta no contexto cósmico.

Temos nossas missões e essa é apenas uma das etapas, aqui na Terra.    E se quisermos nos aprofundar nas coisas que chamamos de "injustiças" em muitos casos, é importante estudar as teorias de vidas passadas e suas ligações com os acontecimentos de agora.    Tudo bate.    Tudo se encaixa.     É bem interessante.