sexta-feira, 4 de setembro de 2020

AGRADAR A TODOS? NEM PENSAR.

Agradar a todos é impossível.   Isso é fato.   Em todas as áreas.

Na minha atividade, narrador, é a mesma coisa.    Nem poderia ser diferente.

Falamos para diferentes faixas etárias ao mesmo tempo.   Os mais jovens querem vibração, até além do necessário, eles estão nessa vibe de empolgação, entusiasmo, muita energia.

Há quem deseje um conduta mais linear do comunicador, sem grandes alterações na tonalidade e apenas com fidelidade ao que as imagens estão mostrando.

Os mais vividos não querem ser "agredidos" com elevação da voz por parte do narrador.

O ideal para agradar a todos(?) seria um meio-termo no trabalho, porém cada profissional tem sua marca, seu estilo, e se sentiria violentado na conduta.

Há também quem aceite que os narradores opinem, dissertem, mais se apeguem a um diálogo com o o analista da partida.    Há quem goste de separar os papéis, ou seja, que o locutor narre e deixe os comentários para quem o acompanha na transmissão nesse mister.

Por tudo isso, e muito mais, é que devemos entender as preferências e também as críticas através das redes sociais.    É natural que as funções desagradem e recebam desaprovações.

Assim como na vida, nenhum locutor agradou 100%, seja no rádio ou na televisão.

Temos que considerar também o fato de como as direções das emissoras queiram o trabalho dos narradores.    E também que elas respeitem as características do profissional.     Reconheço que já foi mais impositivo o padrão que as tevês desejavam.    Tá mais liberado e solto.

Hoje respeita-se mais a liberdade de conduta dos comunicadores.

Tem também a questão de estarmos vivendo um tempo diferente, onde a espontaneidade na linguagem e no formato da transmissão acabam se adequando à realidade popular.

Enfim, nós profissionais devemos respeitar as observações críticas e entende-las como um direito do telespectador, assim como o assistente deve respeitar o estilo do narrador.  

Cada um na sua em nome da liberdade de expressão e sentimentos, e da atividade profissional desempenhada.   


 

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