Cada vez mais as rádios e tevês adotam fazer as transmissões de seus estúdios, apenas enviando ao local dos jogos os repórteres e evidentemente a equipe de geração das imagens.
Tem o fator/economia pois os tempos estão realmente difíceis, mas também o aspecto de comodidade e segurança de seus profissionais.
Como está difícil comparecer aos estádios ( arenas, seja lá o que for ).
Acesso dificultado com exagerada interdição de ruas e avenidas,
a burocracia na exigência de credenciamento, as más acomodações para a mídia, a maioria precárias, desconfortáveis.
Um pacote, na verdade.
Além do mau comportamento de alguns torcedores que veem nos jornalistas e radialistas INIMIGOS de seus clubes, partindo para ameaças e até agressões.
Há estádios e arenas(dessas modernas) onde o profissional da mídia para atender às suas necessidades fisiológicas tem de caminhar dezenas de metros para chegar ao banheiro.
Em alguns locais, descer escadas, e ter de se desvencilhar do volume de torcedores nos corredores. E o profissional tem horários a cumprir.
Nenhum jornalista/radialista quer luxo, privilégios, tratamento VIP, mas pelo menos o mínimo de acessibilidade, pois está TRABALHANDO e muitas vezes é confundido com alguém que "não paga ingresso" e que está se divertindo.
Já ouvi que jornalista é privilegiado pois vai aos estádios assistir às partidas sem ter de pagar ingresso. Nosso trabalho ainda é confundido por alguns com o papel do torcedor, que se deleita com as partidas, vitórias e conquistas.
Mas evidentemente essas afirmações à nossa classe são tendenciosas, maldosas, ou de quem não raciocina com justiça e critério.
Ressalto que não é a maioria que assim pensa. Há respeito por parte de quem raciocina bem.
Mais um detalhe: há estádios onde nem um copinho de água é colocado à disposição de quem está trabalhando.
( eu sempre levo minha garrafinha ).
As rádios e webs nessas novas arenas são colocadas em posições tão altas que o jogador fica parecendo uma formiguinha. Identificar como? Total desrespeito aos profissionais.
Mas, enfim, voltando ao assunto "off-tube" ( transmissões pelas imagens da televisão estando no estúdio ) confesso que aprecio, diante de todas as dificuldades relatadas acima.
Relutei logo no começo, mas passo a admitir as vantagens e a comodidade.
É claro que o comunicador estando no estádio ele rende mais, participa diretamente das emoções do jogo, porém já que estamos vivendo esses novos tempos, o offtube é muito bem vindo.
Reforço que isto não acontece somente no Brasil, no mundo todo as empresas estão aderindo à prática e pelas mais diversas razões.
E com o detalhe de que o mais importante numa transmissão é a IMAGEM.
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