terça-feira, 29 de junho de 2021

TOQUIO 2020 em 2021.

Está chegando mais uma Olimpíada e minha memória registra as várias em que pude participar como profissional.

Sem ser cabotino, vaidoso ou coisa que o valha, mas como dizem "passa esse filme" na mente.

A primeira grande cobertura da televisão brasileira em Jogos Olímpicos foi em 1984, Los Angeles, quando a tecnologia permitia amplitude de cobertura.

Debutei profissionalmente nessa de 84 participando da equipe de Luciano do Valle pela Band.

A de 88 em Seul também trabalhei mas da retaguarda no Brasil.    Estive com Juares Soares e Leticia Dorneles nos estúdios em São Paulo juntamente com toda a equipe que aqui ficou.

Em 92, Barcelona, da mesma forma trabalhei nos Jogos mas acompanhando o futebol doméstico que correu normalmente com suas rodadas.    

1996 em Atlanta estive presente e me lembro de um imprevisto na logística que acabou afetando as emissoras brasileiras ( Band e Globo) por causa de um "golpe" dado por uma empresa imobiliária que vendeu e não entregou.      Foi uma correria mas depois fomos acomodados em um gostoso condomínio nos arredores da cidade.

Em 2000 eu estava na Globosat e sem estar contratado não pude viajar.     Nessa Olímpiada nem participei do time de retaguarda.      Apenas assisti ao evento.

2004, 2008 e 2012 trabalhei nos Jogos mas lotado no Rio de Janeiro, sede da Globosat.

2016 no Brasil tive participação ativa na cobertura cobrindo ginástica e futebol feminino.

E agora em 2021, edição correspondente a 2020 logicamente, ainda não tenho conhecimento de escalas mas devo ficar acompanhando os jogos do Brasileirão que terão prosseguimento normal.

Mesmo com a pandemia e todas as restrições impostas aos Jogos, a realização do evento é emocionante e remonta à raiz histórica olimpica.

Teremos o fuso de 12 horas mas quem é apaixonado pelo esporte vai dar um jeitinho de assistir, evidentemente.


 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

ESTOU DE VOLTA.

Voltei ontem, terça-feira, dia 22/6, a transmitir futebol pelos canais Premiére, Sportv e Premiére-Play, depois de 15 meses de afastamento por causa da pandemia.

Trabalhei no jogo entre Ponte Preta x Operário/PR pela sexta rodada da série B onde o placar não foi mexido.      Zero a zero, portanto.

Expresso meus agradecimentos a todos os colegas de trabalho que me deram apoio moral e alimento espiritual para voltar a narrar.      Solidários, amigos, companheirismo, energia boa que me foi transmitida para que me sentisse à vontade e novamente integrado ao trabalho.

Da mesma forma meu agradecimento àqueles que se manifestaram carinhosamente através das redes sociais me saudando pelo retorno às atividades.      Quanta consideração e apreço.

Estou de volta, portanto, ao aguardo de novas escalas e também para ajudar os colegas na imensa carga de trabalho que os canais globais têm em sua grade de programação.      Tá puxado para todos e eu me integro para colaborar e tentar minimizar o volume.    

MUITO OBRIGADO! 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

MARACANÃ - 71 ANOS.

Maracanã está aniversariando.       Nasci um ano antes da inauguração do grande templo do futebol.

Minha primeira vez no Maraca foi em 1976 quando fui narrar um clássico carioca pela rádio Gazeta de São Paulo.

A rádio aos domingos fazia uma cobertura fantástica da rodada do Paulistão com vários postos em estádios e que começavam às 4 da tarde.         Todos os domingos havia um clássico do campeonato carioca e que sempre se iniciava às 17 horas.

A Gazeta transmitia o segundo tempo dos jogos do Carioca e lá íamos nós para o trabalho no Mário Filho.

Pegávamos a ponte-aérea na hora do almoço nos velhos Electras da Varig e retornávamos à noite após os jogos.     O famoso bate-e-volta.

Essa minha rotina aos domingos se repetiu por muito tempo.      Íamos eu e um operador de áudio enquanto comentarista e repórter eram do Rio de Janeiro.     Muitas vezes o repórter fazia os dois papéis acumulando também as funções de comentar as partidas.

Me lembro de Luiz Carlos Grey, saudoso, um grande amigo e profissional de alto valor me acompanhando em diversas jornadas dessas no Maraca.

Os operadores Danilo Gobbi, Roque de Oliveira, Elizeu Francisco, Antonio Galvão, alguns dos amigos que eram escalados para os grandes jogos de Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense.

Como os jogos eram muito concorridos a dificuldade era em se conseguir uma cabine para o trabalho.    Quantas e quantas vezes transmitimos ao ar livre num balcão à frente dos camarotes e cadeiras especiais, sujeitos a ventos e chuva evidentemente.

Ficamos amigos de um senhor que administrava o setor de cabines do estádio, Hilário, que depois pela amizade construída dava um "jeitinho" de arranjar um cantinho de cabine para trabalharmos.

Ele fazia aquilo em consideração mas é claro que sempre o presenteávamos com uma "cervejinha"sagrada.     E ele não se cansava de agradecer.

Vivi grandes momentos depois no velho Maraca pela Band e também pelo Sportv.      Foram inúmeros os eventos especiais alí vividos com os microfones na mão.    

A história do Mário Filho é sobejamente conhecida da maioria, mas só quem pisou nesse monumento do futebol mundial pode avaliar a sua real representatividade.

Posso dizer que fui premiado, presenteado em receber escalas de trabalho ao longo do tempo indo ao Maracanã.        O lugar é mágico, encantado, ainda guarda a energia de quem proporcionou espetáculos com a bola nos pés e de quem alí esteve assistindo e trabalhando.

Viva o MARACA em seus 71 anos.








terça-feira, 15 de junho de 2021

O APRENDIZADO DA VIDA. DESPERTEMOS.

O mundo redondo que conhecemos não para de girar.

Foi e sempre será um enorme desafio a seus habitantes, afinal é um planeta/escola e é nos bancos escolares que devemos aprender ( se quisermos aprender ).

Em nossa evolução interior ( nossa essencia, nossa consciência ) vamos tendo oportunidades ao longo da caminhada pela Universo de crescer, conhecer, nos educar em todos os sentidos.

Na caminhada cósmica vamos colecionando "boletins" de notas dadas pelos professores e a média da avaliação precisa ser razoável para ganharmos outros patamares de existência, seja em que planeta for.

É o conhecido "passar de ano" da nossa trilha escolar.

Não é necessário tirar 10 sempre.     Não é preciso ser aluno exemplar, o melhor da classe.    Precisamos sair daqui, melhores.    Somente isso.

Mas o ideal é à cada existência vivida ter algum progresso, seja no campo cultural, profissional, familiar, mas principalmente no MORAL.        Honestidade, respeito, dignidade, ética, AMOR no coração, responsabilidade nas ações junto à sociedade, é aí que CRESCEMOS e tiramos notas boas.

É aí que ganhamos bônus para EVOLUIR em todas as esferas dos Universos.    Sim, no plural, pois há MUITOS Universos na imensidão.

Quantas entidades do Cosmo passaram pela Terra, muitas ainda professam aqui, citando por parábolas ou diretamente essas lições valiosas de VIDA.

Até aqueles que em nada acreditam além do que vêm exercem lições de dignidade e respeito ao planeta e ao próximo.     Conheço vários, vários.      Trazem em seu consciente a responsabilidade de como agir na sociedade e dignificar a vida.    

Como também conhecemos pessoas muito apegadas a dogmas de religiões que na prática invertem tudo o que leram nos evangelhos e escrituras.     

Mas tudo enfim faz parte de nosso estágio evolutivo.      Precisamos compreender que não estamos todos no mesmo nível de crescimento interior, ou espiritual.

E sem essa de avaliar qual é a melhor religião, por favor.     Nada disso.     Todas têm o seu valor mas devemos atentar especialmente para a religião que está dentro de nós.      De cada um de nós.

Nilton Santos, ex-jogador de futebol e dos mais brilhantes, dizia quando perguntado sobre a sua religião que não tinha uma preferida e que ditava o que o coração lhe dizia, ou seja, viver em paz, respeitar o semelhante e se possível ajudá-lo.     E como foi benemerente, o Nilton.    E como fez caridade ao longo de sua vida terrena.      Deu lindos exemplos sem ter nas mãos uma bandeira religiosa.


 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

É POSSÍVEL CONTER O VÍRUS.

Sabe aquela coisa da inveja gostosa, sem maldade e rancor?

Dando uma espiada em muitos eventos esportivos pelo mundo a presença de torcedores nos ginásios, arenas e estádios vem nos dando alento, é claro, mas também uma pontinha de inveja.

Por quê não podemos estar no mesmo estágio em que eles estão?

Sei que as discussões poderiam enveredar pelo lado político e nos dias de hoje isso é muito perigoso, bélico, pesado e tenho evitado por uma questão de saúde pessoal.     Debates insossos, tendenciosos e agressivos/desrespeitosos me fazem mal e por isso os evito radicalmente.

Omissão nessas horas malucas é uma questão de inteligência, de impotência e de preservar o equilibrio.      Minha saúde é mais importante que tentar provar algo que nem conheço e que só apenas deduzo ou acho.       

Prefiro ficar apenas na "invejinha" saudável de ver torneios com pessoas nas arquibancadas enquanto  por aqui o torcedor ainda se vê privado desse prazer maior.

Ah Brasil, o quanto ainda precisamos aprender.

Outros países, a bem da verdade, também estão na mesma situação que a nossa em termos de vacinação, mas acho que deveríamos ter seguido o exemplo de atuação de outras nações evoluídas e que hoje tem uma boa colheita.

Quem está se dando ao "luxo" de liberar a presença de torcidas nos eventos é porque trabalhou sério na prevenção e na engenharia de vacinar a população.

Mas de tudo isso sinto um alento vendo pessoas assistindo aos jogos de futebol, vôlei, basquete e demais modalidades pelo mundo.         A conclusão é a de que É POSSÍVEL conter o vírus.

Vacinas e cuidados pessoais são armas potentes no combate ao coronavírus.    

Enquanto não chegamos ao patamar dos países que respiram novamente os bons ares da vida seguimos batendo cabeça e amargando nossa triste realidade.



 


 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

COPA AMÉRICA E EUROCOPA.

Dois grandes eventos do futebol no próximo fim de semana.

Copa América e Eurocopa.

Prato cheio para quem ama o futebol e com um leque de jogos nas duas competições.

Para as mídias que irão transmitir haverá a natural competição pelos índices de audiência, aos patrocinadores a sempre vital exposição de suas marcas e para os torcedores a liberdade atual de exporem suas opiniões nas redes da internet.

Dois torneios importantes, a Copa América centenária e a Euro há 60 anos acontecendo, cada qual no seu quadrado geográfico, praticamente há 1 ano de mais uma Copa do Mundo.

Controle remoto na mão e também as tabelas de jogos por mais de um mês.

Copa América interessando mais diretamente aqui no Brasil a nós pela seleção nacional e também pela Argentina de Messi e a Euro aos torcedores mais jovens daqui que faz tempo se amarram no futebol lá de fora.

O torneio europeu de seleções se iniciando nesta sexta-feira, dia 11, enquanto a Copa América no domingo.

Haverá o inevitável comparativo  feito pelos torcedores e alguns jornalistas, é do jogo de opiniões e preferências,  num previsível braço-de-ferro ideológico da bola.

Os protocolos de segurança sanitária sendo colocados em ação nos dois eventos, com as maiores preocupações recaindo sobre a Copa América pela situação da pandemia em nosso continente, enquanto na Europa um pouco mais de otimismo e folga pelo adiantado das vacinações e das flexibilizações já em prática.

Preparemo-nos para o turbilhão de opiniões e posições ideológicas que ganharão volume com os torneios.    Assim será.     Esperamos que com a bola rolando isso amenize e evidentemente que os contágios não se propaguem agravando a nossa situação.     

Otimismo é sempre necessário, mas com os cuidados protocolares que a Ciência exige.




segunda-feira, 7 de junho de 2021

MOMENTOS DECISIVOS.

Dias e meses conturbados em todas as áreas.

Diga-se a bem da verdade que mesmo antes da pandemia já vivíamos um mundo turbulento.

Com o impacto da pandemia acentuou-se a balbúrdia mental e à cada momento temos um acontecimento que agita mais a nossa limitada cabecinha.

Além de tudo o que nos afeta com a presença do vírus e suas vítimas, temos no esporte eventos que jamais vimos, ou se vimos, jamais na intensidade do momento.

Agora, por exemplo, o afastamento do presidente da CBF sob suspeita de assédio sexual.   Os jogadores da seleção prometendo pronunciamento para depois da partida desta terça-feira pelas Eliminatórias e com a clara intenção de não jogarem a Copa América.

Os rumores de que terminada a partida desta terça o então presidente da CBF demitiria o técnico Tite à pedido da presidência da República, abrindo espaço para Renato Gaúcho assumir.

A interrogação agora se o "novo" presidente da confederação, substituindo a Rogério Caboclo, irá manter o acordo que teria sido feito com o Planalto demitindo Tite.

Os dias passando e se aproximando a data da abertura da Copa América e até este  momento que escrevo ninguém da Conmebol se manifestando sobre o impasse.

Como em tudo na vida há os pró e contrários a tudo que se proponha.    No esporte não é diferente.   Basta ver como está o Japão quanto à realização da Olimpiada.   As autoridades nipônicas mantém os Jogos e grande parte da sociedade não concorda, não aceita.

Há os que defendam realizar a Copa América e colocar em campo apenas atletas que atuam aqui no País, desde que eles também aceitem, é claro.

Há os que ferrenhamente, pelas mais diversas razões, sejam contrários e discursem ser altamente perigoso por conta da pandemia.

A verdade é que estamos na chamada encruzilhada.      Os cartolas ( como sempre nos referimos aos dirigentes do futebol ) queimam neurônios em busca de saídas que sejam de consenso, o que convenhamos dificilmente se consiga nessa altura do "campeonato".     

O torcedor, de maneira geral, quer é bola rolando.     Quer ver, assistir, comemorar ou se decepcionar.     Os investidores comerciais visam os resultados pois afinal o futebol faz tempo que é um negócio.    

É ficar de olhos atentos aos desdobramentos nas próximas horas.

Quanto às eliminatórias da Copa do Catar, com a bola rolando, o Brasil é líder e certamente estará em mais um Mundial.     Nunca esteve fora.      

Mas não é só futebol.          Especialmente nos tempos que estamos vivendo.